Paquistão suspende paramilitares que se recusaram a tomar vacina contra Covid-19

Decisão, tomada após uma série de avisos aos oficiais, também proibiu que soldados recebam salários no período em que estiverem suspensos

  • Por Jovem Pan
  • 01/07/2021 12h07 - Atualizado em 01/07/2021 15h57
GUILHERME DIONÍZIO/ESTADÃO CONTEÚDO - 22/06/2021 Profissional da saúde prepara vacina para aplicação Vacinação anda a passos lentos no Paquistão

A província de Balochistan, no Paquistão, decidiu nesta quinta-feira, 1º, suspender pelo menos 70 paramilitares que se recusaram a receber vacinas contra a Covid-19 no país. De acordo com a mídia local, os 70 homens receberam “uma série de avisos escritos e verbais” para se imunizar, mas não responderam ao chamado. Uma das justificativas dadas pelo governo para a suspensão foi de que os paramilitares lidam diretamente com a população, já que prestam serviço de auxílio para forças de segurança pública. O período pelo qual eles ficarão suspensos não foi esclarecido pelas autoridades, mas nenhum dos soldados receberá salário enquanto não voltar a trabalhar.

A rejeição aos imunizantes baseada em notícias falsas afirmando que eles causam infertilidade ou morte em até dois anos é um desafio a ser enfrentado pelo governo paquistanês, que tem, segundo dados oficiais, quase um milhão de casos confirmados e 22 mil mortes ocasionadas pela Covid-19. Também nesta quinta-feira, a província de Balochistan implementou um decreto que proíbe que qualquer pessoa não vacinada entre em prédios governamentais, parques, shoppings e no transporte público. Com mais de 200 milhões de moradores, o país tem andado lentamente na imunização, com cerca de 16 milhões de doses administradas até o momento. A maior parte das vacinas é enviada pela China.

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