Credores pedem que Samarco interrompa pagamentos por tragédia em Mariana

Grupo solicita à Justiça que a empresa não assine novos acordos para recuperação socioambiental da região afetada pelo rompimento da barragem de Fundão, em novembro de 2015

  • Por Jovem Pan
  • 01/07/2021 10h48 - Atualizado em 01/07/2021 16h18
Rogério Alves/TV Senado Rogério Alves/TV Senado Grupo também pede que a mineradora seja proibida de fazer pagamentos à Fundação Renova, órgão responsável por pagar indenizações aos atingidos e às famílias das vítimas

Credores da Samarco entraram com uma petição na Justiça solicitando que a empresa, em recuperação judicial, não assine nenhum novo acordo com órgãos governamentais para recuperação socioambiental da tragédia do rompimento em Mariana, em 2015. O grupo também pede que a mineradora seja proibida de fazer pagamentos à Fundação Renova, órgão responsável pelas indenizações aos atingidos e às famílias das vítimas. Os fundos alegam que as sócias da Samarco, Vale e BHP Billiton, têm capacidade financeira para esses custos. Atualmente, o pagamento médio mensal da Samarco à Renova chega a R$ 500 milhões e vem sendo feito com a geração de caixa da própria empresa. Nos últimos meses, a Samarco tem negociado novos termos do acordo de reparação com o Ministério Público de Minas Gerais, a Advocacia Geral da União e o Conselho Nacional de Justiça, além do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e da Defensoria Pública. A intenção do governo mineiro é fazer um acordo nos mesmos moldes do acertado com a Vale de reparação pela tragédia de Brumadinho, fechado em fevereiro deste ano por R$ 37 bilhões. O objetivo é formular um entendimento integral e definitivo em 120 dias.

*Com informações da repórter Letícia Santini 

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