Paraguai acredita que acordo entre Mercosul e UE pode sair até março

  • Por Agência EFE
  • 12/02/2018 15h01
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Marcelo Camargo/Agência Brasil O chanceler explicou que após a última reunião em Bruxelas no final de janeiro, ainda restam pontos pendentes como o automotor, indicando setores "sensíveis para ambas as partes"

O chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, considerou nesta segunda-feira uma “prioridade” alcançar entre o final de fevereiro e começo de março, nas reuniões de trabalho em Assunção, um “acordo político” que permita encerrar as negociações sobre livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia, após 19 anos de conversas.

Loizaga indicou aos veículos de imprensa que a próxima rodada de negociações entre os dois blocos será realizada na capital paraguaia na próxima semana e contará com a presença da chefe negociadora da UE para Mercosul, Sandra Gallina, e dos países integrantes do bloco sul-americano (Paraguai, Argentina, Brasil e Uruguai).

“Temos a esperança de que nestas próximas duas semanas, a última de fevereiro e a primeira de março, enquanto estarão reunidos os comissários com os chanceleres aqui no Paraguai, vamos ter que chegar a um acordo que satisfaça ambas as partes”, afirmou o chanceler.

“Acredito que é uma prioridade, tanto para a União Europeia como para o Mercosul, poder alcançar entre final de fevereiro e a primeira semana de março, e anunciar um acordo político e encerrar negociações depois de 19 anos”, acrescentou.

Além disso, indicou que atualmente é possível que haja as condições para fechar o acordo, que foi retomado há um ano e meio e vem sendo moldado em diferentes rodadas de negociações tanto na América do Sul como em Bruxelas para alcançar que o acordo de livre-comércio entre ambas as regiões seja satisfatório.

O chanceler explicou que após a última reunião em Bruxelas no final de janeiro, ainda restam pontos pendentes como o automotor, indicando setores “sensíveis para ambas as partes”.

Na sexta-feira, o porta-voz comunitário de Comércio confirmou na entrevista coletiva diária da Comissão Europeia (CE) que, apesar de “terem ocorrido bastantes progressos”, ainda há “trabalho por fazer para chegar a um resultado positivo”.

Esses pontos de divergência entre os dois blocos regionais são os principais na reunião de Assunção na próxima semana para fechar os diferentes assuntos pendentes que existem, como partes da oferta agrícola, que têm que ser ainda segmentada, disse Loizaga.

A UE e o Mercosul negociam desde 1999 um amplo acordo de associação que inclui este tratado comercial, mas as conversas estiveram bloqueadas completamente entre 2004 e 2010 e só foram retomadas em 2016.

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