Parlamento da Coreia do Sul vota pela revogação de lei marcial

O presidente da Assembleia Nacional, Woo Won Shik, declarou que os parlamentares ‘protegerão a democracia com o povo’, e pediu que a polícia e os militares se retirassem do recinto

  • Por Jovem Pan
  • 03/12/2024 15h26 - Atualizado em 03/12/2024 15h35
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EFE/EPA/YONHAP COREIA DO SUL O presidente da Assembleia Nacional, Woo Won-shik, bate o martelo para anunciar a aprovação de uma resolução pedindo ao presidente que retire a lei marcial Presidente da Assembleia Nacional, Woo Won-shik, anuncia a aprovação da resolução pedindo ao presidente que retire a lei marcial

O presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol declarou lei marcial na terça-feira (3) à noite, prometendo eliminar as forças “antiestado” enquanto luta contra uma oposição que controla o parlamento do país e que ele acusa de simpatizar com a Coreia do Norte comunista. Horas depois, o parlamento votou para revogar a declaração, com o presidente da Assembleia Nacional, Woo Won Shik, declarando que os parlamentares “protegerão a democracia com o povo”. Woo pediu que a polícia e os militares se retirassem do recinto da Assembleia.

A atitude surpreendente do presidente remete a uma era de líderes autoritários que o país não via desde a década de 1980, e foi imediatamente denunciada pela oposição e pelo líder do próprio partido conservador de Yoon. Após o anúncio de Yoon, os militares da Coreia do Sul proclamaram que o parlamento e outras reuniões políticas que pudessem causar “confusão social” seriam suspensas, de acordo com a agência de notícias Yonhap da Coreia do Sul.

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Os militares também disseram que os médicos em greve do país devem retornar ao trabalho em 48 horas, disse a Yonhap. Milhares de médicos estão em greve há meses por causa dos planos do governo de expandir o número de alunos nas faculdades de medicina. Os militares disseram que qualquer um que violar o decreto pode ser preso sem mandado.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira

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