Polícia da Espanha prende três suspeitos de matar jovem gay brasileiro espancado

Jovens presos nesta terça-feira têm entre 20 e 25 anos; Polícia Nacional não descartou possibilidade de fazer mais detenções de suspeitos

  • Por Jovem Pan
  • 06/07/2021 15h36 - Atualizado em 06/07/2021 17h13
Samuel Luiz Muñiz/Reprodução de redes sociais Foto do jovem Samuel Luiz Muñiz Brasileiro foi espancado até a morte na Espanha

A Polícia Nacional da Espanha prendeu na tarde desta terça-feira, 6, três jovens com entre 20 e 25 anos suspeitos de participarem do espancamento e da morte do brasileiro Samuel Luiz Muñiz, de 24 anos, na cidade de La Coruña no último sábado, 3. Um posicionamento divulgado pela própria polícia nas redes sociais afirmou que apesar das prisões, as investigações continuam em curso e outras detenções podem ser feitas nas próximas horas. Samuel, que nasceu no Brasil e se mudou para o país europeu com 1 ano de idade, foi encontrado inconsciente e com marcas de espancamento perto de uma casa noturna, chegou a ser socorrido, mas morreu após quase duas horas de tentativas de reanimação. As suspeitas do crime de ódio foram levantadas por uma amiga do brasileiro, que viu quando um homem acompanhado de uma mulher agrediu o jovem por pensar que estava sendo filmado por ele. Em seguida, o suspeito teria voltado acompanhado de amigos e espancado o brasileiro novamente.

Gravações de câmeras de segurança próximas ao local do crime foram analisadas pela polícia e a suspeita é de que pelo menos sete pessoas tenham participado da sessão de espancamento. Não há como saber, porém, quantos suspeitos já foram identificados. Uma das hipóteses trabalhadas pela força policial é de que o jovem foi assassinado por causa da sua orientação sexual. Na segunda-feira, 5, marchas em Madri e na cidade de La Coruña, onde o crime ocorreu, foram realizadas. Centenas de pessoas pediam “Justiça para Samuel”. O caso ganhou repercussão nacional e mobilizou autoridades e personalidades do país. Até mesmo o presidente Pedro Sanches usou as redes sociais para dizer que confia na investigação da polícia e afirmar que o país “não dará nenhum passo atrás nos direitos e liberdades”. O Itamaraty afirmou que o caso é acompanhado por meio do Consulado-geral do Brasil em Madri.

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