Príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II, morre aos 99 anos na Inglaterra
Em anúncio feito através das redes sociais, a família real britânica afirma que ele faleceu pacificamente pela manhã no Castelo de Windsor; funeral deve acontecer com restrições devido à Covid-19
O Príncipe Philip, marido da Rainha Elizabeth II, morreu nesta sexta-feira, 9, na Inglaterra, aos 99 anos. O anúncio foi feito através das redes sociais da família real britânica, que diz: “É com profunda tristeza que Sua Majestade a Rainha anunciou a morte de seu amado marido, Sua Alteza Real, o Príncipe Philip, Duque de Edimburgo. Sua Alteza Real faleceu pacificamente esta manhã no Castelo de Windsor. A Família Real junta-se a pessoas de todo o mundo no luto por sua perda.” A causa da morte não foi revelada. No momento do anúncio de luto, bandeiras de edifícios históricos da Grã-Bretanha foram colocadas a meio mastro e uma multidão começou a se reunir em frente ao Castelo de Windsor, deixando buquês de flores em frente ao portão. O primeiro-ministro Boris Johnson se manifestou em Downing Street e prestou tributo ao Duque de Edimburgo. “Ele ajudou a orientar a Família Real e a monarquia para que permanecesse uma instituição indiscutivelmente vital para o equilíbrio e a felicidade de nossa vida nacional”, afirmou.
A pandemia da Covid-19 deve ter grande impacto no funeral de Philip. O velório e o enterro serão realizados nos próximos dias na Capela de St George, dentro do Castelo de Windsor, conforme era o desejo do próprio Duque de Edimburgo. Por conta das restrições de aglomeração ainda em vigor no país, a cerimônia deve ter algumas mudanças em relação ao que era esperado para o falecimento em tempos comuns. Nas regras atuais, apenas 30 pessoas podem comparecer ao funerais, o que significa que a Rainha Elizabeth II deve escolher quais familiares serão convidados. É muito provável que o evento também seja televisionado.
O Duque de Edimburgo tinha retornado ao Castelo de Windsor no dia 16 de março, após passar 28 dias internado em Londres. Inicialmente, ele deu entrada no Hospital King Edward VII por causa de uma infecção, mas duas semanas depois foi transferido ao Centro Médico St. Bartholomew, onde foi submetido a um procedimento médico bem-sucedido para tratar de uma doença cardíaca pré-existente. O marinho da Rainha Elizabeth II precisou de atenção médicas várias vezes ao longo dos últimos anos. A mais recente havia sido em dezembro de 2019, quando ele passou quatro noites tratando uma “condição pré-existente” que não foi especificada pelo Palácio de Buckingham. Porém, antes mesmo de se aposentar das suas funções públicas em 2017, o Príncipe Philip já tinha passado por uma cirurgia no abdômen e por um procedimento de emergência para desbloquear uma artéria coronária.
O Duque de Edimburgo, que completaria 100 anos no dia 10 de junho, estava casado com a Rainha Elizabeth II há 73 anos. Juntos, eles tiveram quatro filhos – o Príncipe Charles, a Princesa Anne, o Príncipe Andrew e o Príncipe Edward -, além de oito netos e dez bisnetos. Em toda a história britânica, o Príncipe Philip foi o consorte que serviu mais tempo às suas funções. Nascido em 1921 na ilha grega de Corfu, ele era filho do Príncipe Andrew da Grécia e da Dinamarca e da Princesa Alice, que por sua vez era bisneta da Rainha Vitória do Reino Unido. Ele estudou na França, na Inglaterra, na Alemanha e na Escócia antes de entrar para a Marinha Real Britânica em 1939, aos 18 anos, quando ele conheceu a jovem Princesa Elizabeth, que na época tinha apenas 13 anos. O futuro Duque de Edimburgo serviu na Segunda Guerra Mundial e só então pediu a mão da futura rainha em casamento, abandonando seus títulos gregos e dinamarqueses.
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