Processos contra Donald Trump voltam a se movimentar após sua saída da Casa Branca

O ex-presidente foi absolvido do impeachment pelo Senado, mas enquanto cidadãos comum ainda enfrenta acusações de estupro e terá que apresentar oito anos de declarações de imposto de renda

  • Por Bárbara Ligero
  • 23/02/2021 13h10
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EFE/EPA/Oliver Contreras / POOL Donald Trump ergue cópia do jornal norte-americano USA Today que noticia a sua absolvição do impeachment pelo Senado

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é alvo de pelo menos dois processos judiciais que voltaram a se movimentar após a sua saída da Casa Branca. O primeiro está relacionado com a autora e jornalista Jean Carroll, que acusa o republicano de tê-la estuprado dentro de uma loja de departamentos de Nova York na década de 1990. Trump chamou a ex-colunista da revista Elle de “mentirosa” por essas afirmações e justificou que a mulher, que hoje tem 77 anos, não fazia o seu “tipo”. Carroll decidiu, então, entrar com uma ação civil de difamação que está correndo desde novembro de 2019. O ex-presidente vinha se esquivando do caso alegando que as suas funções o impossibilitavam de responder legalmente, mas essa semana os advogados da jornalista voltaram a pressionar para que ele compareça na Justiça para depor.

Enquanto isso, houve novos avanços no caso envolvendo a atriz pornô Stormy Daniels, com quem Donald Trump teria tido relações sexuais no passado. O ex-advogado do republicano, Michael Cohen, teria repassado US$ 130 mil para que a mulher não dissesse nada que pudesse prejudicar o magnata na corrida à presidência em 2016. A investigação criminal federal procura esclarecer se esses pagamentos violaram as leis de financiamento de campanhas eleitorais e, para isso, quer ter acesso à oito anos de declarações de imposto de renda de Trump. Nos últimos anos, o ex-presidente insistiu em não entregar os documentos com o argumento de que a ordem é ampla demais, foi emitida “de má-fé” e equivale a “assédio” político do Partido Democrata. Nesta segunda-feira, 22, no entanto, a Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou a recusa e abriu caminho para que o procurador distrital de Manhattan, Cyrus Vance, obtenha as declarações de imposto de renda.

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