Protestos em Myanmar deixam 38 mortos nesta quarta-feira, 3
A enviada da Organização das Nações Unidas, Christine Schraner Burgener, pediu que a comunidade internacional tome medidas mais contundentes contra o golpe militar
A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que pelo menos 38 manifestantes birmaneses morreram durante os protestos contra o golpe militar desta quarta-feira, 3. A enviada especial da entidade no Myanmar, Christine Schraner Burgener, afirma que esse foi o dia mais “sangrento” desde que o exército tomou o poder do país do Sudeste Asiático há um mês. Nas últimas semanas, as forças de segurança têm usado metralhadoras contra os civis e feito ataques até mesmo contra as equipes médicas de socorristas. No domingo, 28, as manifestações já tinham causado a morte de 20 pessoas, a maioria delas baleadas por agentes, e deixado um alto número de feridos. Além disso, há pelo menos 1.200 manifestantes detidos sem que os seus familiares tenham quaisquer notícias suas.
A diplomata Christine Schraner Burgener revelou ter recebido diversas mensagens nos últimos dias de “pessoas muito desesperadas, à espera de ações da comunidade internacional” e cobrou medidas mais contundentes contra o Exército de Mianmar. O Conselho de Segurança da ONU programou debate sobre a situação no país asiático para esta sexta-feira, 5, em reunião virtual à portas fechadas. No mês passado, o órgão chegou a abordar o tema, mas não condenou o golpe devido à oposição da Rússia e da China, ambos países com poder de veto. Por causa disso, é pouco provável que sejam adotadas medidas contra os militares.
*Com informações da EFE
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