Putin chama Prigozhin de talentoso, manda condolência aos familiares e promete investigação sobre a queda do avião

Chefe e Estado da Rússia disse que líder do grupo Wagner era ‘um homem com destino complicado’, que cometeu erros graves em sua vida

  • Por Jovem Pan
  • 24/08/2023 17h25
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EFE/EPA/MIKHAEL KLIMENTYEV/SPUTNIK/KREMLIN vladimir putin Putin diz que conhecia Prigozhin desde a década de 90

Um dia após o avião em que o líder do grupo Wagner estava cair e matar todos os passageiros, o presidente da Rússia,Vladimir Putin, se pronunciou sobre o ocorrido. Ele classificou o empresário como ‘talentoso’, apesar dos seus erros. Nesta quinta-feira, 24, ele agradeceu a Yevgueni Prigozhin pela ‘contribuição’ para ofensiva na Ucrânia e prometeu “levar até ao fim” a investigação sobre a queda fatal do avião em que viajava. Prigozhin “era um homem com destino complicado’, que cometeu erros graves em sua vida, mas que obteve os resultados que precisava, tanto para si como no momento em que lhe pedi, pela causa comum, como nestes últimos meses”, declarou o presidente russo”, declarou Putin, durante uma reunião transmitida pela televisão, oferecendo suas condolências aos familiares das vítimas do acidente. “São pessoas que deram uma contribuição significativa para nosso esforço comum” na Ucrânia, onde a Rússia trava uma ofensiva militar desde fevereiro de 2022, continuou Putin. Referindo-se à investigação sobre as causas do acidente lançada pelas autoridades russas, o presidente prometeu “conduzi-la em sua integralidade e chegar a uma conclusão”. “Veremos o que os investigadores dirão num futuro próximo. A perícia está em curso, uma perícia técnica e genética. Isso levará algum tempo”, completou.

Até o momento, as autoridades russas não apresentaram qualquer pista para explicar a queda, na quarta-feira, do jato privado que transportava, de acordo a autoridade da aviação civil russa, Prigozhin, seu braço direito, Dmitri Utkin, e outros responsáveis do Wagner. No acidente, que alimentou especulações de assassinato do homem que se tornou inimigo do Kremlin após a rebelião fracassada em junho, morreram todos os 10 ocupantes da aeronave, segundo as autoridades. Yevgueni Prigozhin, que Putin disse “conhecer desde o início da década de 1990”, foi chamado de “traidor” pelo presidente russo durante sua rebelião abortada em junho. Ainda de acordo com Putin, o chefe do grupo Wagner “voltou da África” no dia do acidente, quarta-feira. Nesta quinta-feira, 24, o Pentágono informou que não tinha informações que apoiassem teorias de que um míssil terra-ar tenha sido usado para derrubar a aeronave em que viajava Prigozhin.

O exército dos Estados Unidos “não tem informações que sugiram que houve um míssil terra-ar” envolvido na queda do avião, afirmou o porta-voz do Departamento de Defesa, Pat Ryder, que chamou os relatos sobre um míssil de “incorretos”. Ryder disse que não poderia dar informações sobre o que causou a queda do avião privado do Wagner na quarta-feira, a noroeste de Moscou, matando as dez pessoas a bordo. Mas afirmou acreditar que Prigozhin morreu na queda. “Nossa avaliação, com base em vários fatores, é de que ele provavelmente morreu”, disse Ryder.

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