Putin diz que EUA adotaram postura “mais pragmática” sobre a Síria

  • Por EFE
  • 08/07/2017 13h45 - Atualizado em 08/07/2017 13h52
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EFE Vladimir Putin e Donald Trump se encontraram durante a reunião da cúpula do G-20 e conversaram sobre a Síria

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, considerou neste sábado (8) que a posição dos Estados Unidos é agora “mais pragmática”, portanto há mais chances de se chegar a acordos na Síria, como o alcançado ontem para uma trégua no sudoeste do país a partir deste domingo (9).

Em entrevista coletiva após o término da cúpula do G20, Putin falou do acordo alcançado na sexta-feira (7) para um cessar-fogo durante sua primeira reunião com o presidente americano, Donald Trump.

“Me parece que (a postura dos EUA) é agora mais pragmática. Dá a impressão, no geral, de que não mudou, mas existe a compreensão de que unindo esforços podemos conseguir muito. E como resultado temos os acordos de ontem sobre a zona sul de rebaixamento de tensão”, apontou.

Por outro lado, insistiu que, independentemente do que Washington disser, “o futuro da Síria tem que ser decidido pelo povo da Síria e o futuro do presidente Al Assad deve ser decidido pelo povo da Síria”.

Putin rebateu assim as declarações do secretário de Estado americano, Rex Tillerson, que destacou que os EUA não veem a possibilidade de a família Assad desempenhar algum papel no futuro da Síria a longo prazo. “O senhor Tillerson é uma pessoa muito respeitável, tem uma ordem russa, a ordem da amizade, o respeitamos, mas não é um cidadão sírio”, ressaltou o presidente russo.

Sobre a Turquia, Putin reconheceu a necessidade de colaborar com Ancara, mas também defendeu o diálogo com os curdos. “Acreditamos que nossas ideias para criar zonas de rebaixamento de tensão em várias regiões, inclusive na zona de Idlib, no norte, darão certo na prática, mas é impossível sem o apoio da Turquia”, apontou.

Nesta mesma linha, fontes da Casa Branca informaram que Trump teve uma reunião, que não estava prevista, com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, na qual os dois abordaram a situação na Síria.

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