Rainha Elizabeth deixará obrigações reais gradualmente após morte de Philip, diz analista da realeza
Ao longo do ano passado, a pandemia já diminuiu a agenda de compromissos da monarca, que pôde conduzir várias reuniões por videochamadas dentro do Castelo de Windsor
A Rainha Elizabeth II chegou aos 95 anos quatro dias após enterrar o marido, com quem passou 74 anos casada. Tanto a idade avançada da monarca quanto o falecimento do Príncipe Philip deram uma nova urgência a uma transição de poder que já está em andamento no Reino Unido. Desde a partida do Príncipe Harry e da atriz Meghan Markle para os Estados Unidos e do exílio do Príncipe Andrew pelo seu envolvimento com o pedófilo Jeffrey Epstein, funções estão sendo realocadas para que a família real continue conseguindo comparecer aos cerca de dois mil eventos oficiais por ano, além de mais dezenas de cerimônias militares e diplomáticas. O herdeiro Príncipe Charles, por exemplo, já havia assumido algumas funções da mãe, incluindo viagens ao exterior e cerimônias de consagração de cavaleiros. Ao longo do ano passado, o novo coronavírus diminuiu a agenda de compromissos e a Rainha Elizabeth II pôde conduzir várias reuniões por videochamadas dentro do Castelo de Windsor, onde passou boa parte da quarentena.
Porém, a expectativa é que a monarca deixe de ser tão ativa mesmo após o fim da pandemia, apesar de estar em bom de estado de saúde e ter planos para comemorar os 70 anos da sua ascensão ao trono com uma celebração de quatro dias em junho de 2022. O especialista na realeza britânica, Peter Hunt, disse em entrevista ao jornal norte-americano The New York Times que a rainha deve “desaparecer graciosamente” daqui para frente. “A Covid-19 ajudou no sentido de que acelerou o que qualquer mulher sensata de 95 anos gostaria de fazer, que não é ficar em pé o dia todo”, defendeu. Para ele, a rainha não voltará a ter uma agitada agenda de reuniões, recepções e festas, embora já tenha voltado a trabalhar depois da morte do Príncipe Philip. Para que a família real continue dando conta de todos os seus compromissos, uma das possibilidades levantadas por fontes ligadas ao palácio é que a Rainha Elizabeth II passe a contar com a participação do seu filho mais novo, o Príncipe Edward, juntamente com a sua esposa Sophie, que são Conde e Condessa de Wessex.
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