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Rússia nega ter atacado porto de Odessa, segundo Turquia

Foto de arquivo tirada em 14 de junho de 2022 mostra grãos de trigo em uma instalação de armazenamento em uma fazenda perto de Izmail, na região de Odessa, em meio à invasão russa da Ucrânia

A Rússia nega ter atacado neste sábado o porto comercial ucraniano de Odessa, fundamental para a exportação de grãos ucranianos, segundo disse o ministro da Defesa da Turquia, Hulusi Akar, em comunicado. “Os russos nos disseram que não tinham absolutamente nada a ver com esses ataques e que estavam examinando o assunto muito de perto e em detalhes”, disse Akar na nota publicada horas depois que Kiev denunciou vários ataques a Odessa.

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Em sua nota, o ministro turco explica que anteriormente, depois de ser informado de que houve “um ataque com mísseis”, falou com seu homólogo ucraniano, Oleksiy Reznikov, e com o ministro das Infraestruturas, Aleksandr Kubrakov, de quem obteve “as informações necessárias”. “(As autoridades ucranianas) declararam que um dos silos foi atingido por um míssil; outro caiu em uma zona próxima de um silo, mas não houve impacto negativo na capacidade de carga e na capacidade das docas, o que é importante, e as atividades ali puderam continuar”, acrescentou.

Akar admitiu que foi muito preocupante para a Turquia que esses ataques tenham ocorrido no dia seguinte à assinatura de um acordo em Istambul para desbloquear o embarque de grãos dos portos ucranianos para os mercados internacionais. “Estávamos muito preocupados. No entanto, continuamos a cumprir as nossas responsabilidades no acordo a que chegámos ontem, e também manifestamos nas nossas reuniões que somos a favor de que as partes continuem sua cooperação com calma e paciência”, frisou o ministro turco na nota. “Além disso, assegurou que a Turquia está acompanhando de perto os acontecimentos.

Ao denunciar os ataques de hoje, Kiev acusou Moscou de ter “cuspido” na cara da ONU e da Turquia, além de minar o acordo para desbloquear através de um corredor marítimo as exportações de cereais que permanecem nos portos do Mar Negro devido à invasão russa na Ucrânia. A Rússia deve assumir “toda a responsabilidade” se esse acordo for quebrado, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, segundo o portal “Ukrinform”, lembrando o papel de supervisores do acordo do secretário-geral da ONU, António Guterres, e do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

*Com informações de EFE

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