Rússia reafirma interesses estratégicos no Ártico após declarações de Trump

Historicamente, os EUA já tentaram adquirir a Groenlândia, reconhecendo seu valor estratégico militar e o acesso a recursos minerais que estão se tornando mais acessíveis devido ao derretimento do gelo

  • Por da Redação
  • 09/01/2025 11h48
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Anton Vaganov / POOL / AFP O presidente da Rússia, Vladimir Putin, faz um discurso durante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF) em São Petersburgo, em 7 de junho de 2024. A Hungria, que assumiu a presidência rotativa da UE esta semana, ainda não confirmou relatos de que Orban - o aliado mais próximo do Kremlin no bloco - era esperado em 5 de julho de 2024, em Moscou, para conversações com o presidente Vladimir Putin. O porta-voz de Vladimir Putin, Dmitri Peskov, enfatizou que o Ártico é uma área de importância nacional para a Rússia

O Kremlin reafirmou os interesses estratégicos da Rússia na região do Ártico, em resposta às recentes declarações de Donald Trump sobre a Groenlândia, o Canadá e o canal do Panamá. O porta-voz de Vladimir Putin, Dmitri Peskov, enfatizou que o Ártico é uma área de importância nacional para a Rússia, que busca garantir a paz e a estabilidade nesse território.

Trump, por sua vez, manifestou suas ambições de expansão e fez comentários sobre a invasão da Ucrânia, além de mencionar a ampliação da Otan. Ele expressou a intenção de promover diálogos para a resolução do conflito, embora a linguagem utilizada tenha sido considerada desfavorável aos interesses ucranianos. A mídia estatal russa sugere que as intenções do ex-presidente americano não devem ser ignoradas.

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Historicamente, os Estados Unidos já tentaram adquirir a Groenlândia, reconhecendo seu valor estratégico militar e o acesso a recursos minerais que estão se tornando mais acessíveis devido ao derretimento do gelo. Para a Rússia, o Ártico é uma prioridade, especialmente como uma rota potencial para ataques nucleares, o que tem gerado preocupação na Otan, que intensificou suas patrulhas na área.

A questão econômica também é fundamental, uma vez que o derretimento do gelo ártico abriu novas rotas comerciais que beneficiam os portos russos. Apesar das dificuldades no comércio com o Ocidente em decorrência da guerra, as rotas para os portos chineses são vistas como essenciais. Peskov não se pronunciou diretamente sobre os comentários de Trump a respeito do Panamá e do Canadá, mas os governos desses países já manifestaram protestos. A premiê da Itália, Giorgia Meloni, saiu em defesa de Trump, assegurando que os Estados Unidos não recorrerão à força militar em relação à Groenlândia.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Luisa dos Santos

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