Rússia tem recorde de mortes por Covid-19 no ano e culpa variante Delta pela terceira onda da doença
Segundo Ministério da Saúde do país, 652 óbitos foram registrados nas últimas 24 horas, maior número desde dezembro de 2020; há mais de 150 mil pessoas hospitalizadas
O ministro da Saúde da Rússia, Mikhail Murashko, afirmou a agências locais de comunicação nesta terça-feira, 29, que o país enfrenta uma terceira onda da Covid-19 com altos casos da variante Delta do vírus, considerada como de preocupação global pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com dados do país europeu, 652 pessoas morreram pela doença nas últimas 24 horas, maior número desde dezembro de 2020, e 151 mil estão internadas em hospitais. Ao todo, o país tem disponível 182 mil leitos contra a Covid-19. A vacinação na Rússia, iniciada ainda em dezembro, anda a passos lentos, com 22 milhões de imunizados em um país de 146 milhões de habitantes. Segundo Murashko, há doses suficientes para 32 milhões de pessoas serem imunizadas nos próximos dias, mas a procura pela vacina não é alta.
Um dos pontos de maior concentração de novos casos é São Petersburgo, que vai receber um dos jogos das quartas de final da Eurocopa na próxima sexta-feira, 2. Uma série de “pacote de incentivos” para que as pessoas busquem pela vacina é feita no país. O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, aplicou um decreto exigindo que a vacinação para profissionais da saúde fosse obrigatória. Na última semana, a cidade também exigiu que restaurantes e bares só servissem pessoas com imunização comprovada. Ele considerou a situação na capital como “extremamente difícil” e disse que o número de novas infecções está em “níveis muito altos”. A Rússia é o país com maior número de mortos pelo novo coronavírus na Europa, com 132 mil óbitos e 5,41 milhões de casos da doença.
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