Secretário da Geórgia afirma ter sido pressionado a excluir votos válidos
Declaração acontece um dia depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizer que a recontagem no estado é ‘falsa’ e que ele venceu as eleições
O secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, acusou o senador Lindsey Graham de tê-lo pressionado a invalidar votos legais depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi derrotado no estado. Todos os envolvidos fazem parte do Partido Republicano. A revelação foi feita durante uma entrevista ao jornal norte-americano The Washington Post. Segundo o relato, Graham teria perguntado se Raffensperger tinha “autoridade” para desconsiderar todas as cédulas enviadas pelo correio. O secretário ficou surpreso com a pergunta e entendeu que o senador sugeria que ele encontrasse uma maneira de rejeitar votos legais. Mais tarde, Graham reconheceu que a conversa aconteceu, mas afirmou que nunca ameaçou Raffensperger a fazer tal coisa. Ele também negou que o diálogo com o secretário tenha acontecido a pedido de Trump.
Brad Raffensperger tem enfrentado uma reação cada vez maior de seu próprio partido após defender o processo eleitoral da Geórgia. Dois senadores republicanos, David Perdue e Kelly Loeffler, chegaram a pedir a sua renúncia. O congressista Doug Collins, também republicano, acusou o secretário de apoiar os democratas por se recusar a endossar a alegação de fraude eleitoral feita por Trump. No momento, a Geórgia está realizando a recontagem manual de cerca de 5 milhões de votos presidenciais, que deverá ser concluída até 20 de novembro. Raffensperger garantiu que, apesar de não existir evidências de irregularidades, todas as acusações de fraude eleitoral seriam minuciosamente examinadas.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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