Senado da Carolina do Sul aprova pena de morte por fuzilamento e cadeira elétrica

Votação aprovou uso dos meios de execução caso o estado não tenha acesso às drogas que fazem parte da injeção letal, que teve distribuição dificultada nos Estados Unidos

  • Por Jovem Pan
  • 04/03/2021 15h41
Belle Aungst/Creative Commons Cadeira marrom com amarras diante de uma parede de tijolos Condenados vão precisar escolher entre cadeira elétrica e fuzilamento

O senado da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, aprovou na última terça-feira, 2, um projeto de lei que elenca pelotões de fuzilamento e cadeiras elétricas como opções para pena de morte no estado. Ao todo, o projeto recebeu 32 votos a favor e 11 votos contrários. Agora, ele deve seguir para a Câmara dos Representantes e, se for aprovada, pode ser sancionada pelo governador Henry McMaster. A princípio, o projeto, submetido por legisladores republicanos, sugeria apenas a volta da cadeira elétrica como uma opção para os condenados caso injeções letais não tivessem disponíveis. Uma mudança sugerida pelo senador democrata Dick Harpootlian introduziu a opção de fuzilamento, que seria, de acordo com ele, “mais humano do que a cadeira elétrica”.

A dificuldade na obtenção de drogas letais para serem aplicadas em condenados à morte foi um dos motivos pelo qual a lei foi proposta. No mês de dezembro, um dos condenados, Richard Moore, se recusou a ser executado por choque elétrico após a Carolina do Sul não conseguir a permissão para adquirir os medicamentos letais. Os senadores que apoiam o projeto defendem que ele não é sobre endurecer as penas aplicadas no estado, e sim sobre forçar a unidade federativa a conseguir as drogas da injeção letal com menos burocracia e dar continuidade aos procedimentos da forma como eles devem ser aplicados. O estado, um dos poucos que ainda aceita a pena nos EUA, tem 37 pessoas no corredor da morte e não aplica a pena em presos há 10 anos.

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