Síria executa 24 suspeitos de causar incêndios florestais no país
Além dos 24 condenados à morte, outras 20 pessoas cumprirão penas que variam entre 10 anos de reclusão e prisão perpétua
O Ministério da Justiça da Síria anunciou nesta quinta-feira, 21, que executou 24 pessoas acusadas de causarem incêndios florestais que devastaram a província de Latakia e outras partes do país entre setembro e outubro de 2020. “Eles foram acusados de cometer atos terroristas que causaram mortes e danificaram a infraestrutura pública e propriedade privada do país”, afirmou a nota divulgada pelo órgão. O governo não detalhou os locais nos quais as execuções foram cometidas e a mídia estatal veiculou parte dos julgamentos dos acusados, que afirmaram ter recebido dinheiro para iniciar o fogo propositalmente. As estimativas nacionais são de que os incêndios tenham causado milhões de dólares de prejuízo ao destruir plantações de oliveiras e macieiras, principalmente em uma região de baixa renda na qual agricultores usam o cultivo das frutas para arrecadar dinheiro e complementar seus salários. Além disso, o fogo destruiu parte de uma empresa estatal de tabaco responsável pela maior parte da renda da província de Latakia. Outras 20 pessoas, cinco delas menores de idade, também foram condenadas pelos crimes, mas não receberam pena de morte e cumprirão reclusões que variam entre 10 anos em regime fechado e prisão perpétua. Execuções do tipo são comuns no país, que já foi denunciado por órgãos internacionais de direitos humanos por matar detidos sem dar a eles direito a um julgamento digno.
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