Supertufão Ragasa afeta Hong Kong depois de provocar 17 mortes em Taiwan

Fenômeno provocou uma ‘forte ressaca ciclônica’ no sul da China continental, elevando o nível do mar em algumas áreas a mais de três metros acima da referência 

  • Por Jovem Pan
  • 24/09/2025 07h19 - Atualizado em 24/09/2025 09h52
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EFE/EPA/MAY JAMES - Um homem observa as ondas quebrando na costa durante o tufão Ragasa, sinal 10, em Hong Kong, China, 24 de setembro de 2025. EFE/EPA/MAY JAMES Homem observa as ondas quebrando na costa durante o tufão Ragasa, sinal 10, em Hong Kong

Ventos fortes, chuvas torrenciais e mar agitado foram registrados nesta quarta-feira (24) em Hong Kong, enquanto o supertufão Ragasa avançava em direção ao sul da China continental depois de deixar pelo menos 17 mortos e mais de 100 desaparecidos em Taiwan. Hong Kong sofreu a queda de dezenas de árvores e inundações em vários bairros, segundo imagens divulgadas na internet. Por volta do meio-dia (1h00 de Brasília), o Ragasa se afastava gradualmente da cidade semiautônoma chinesa, que, no entanto, deve continuar enfrentando ventos com força de furacão, segundo o serviço meteorológico local, que emitiu durante a noite alerta máximo para tufão.

O fenômeno provocou uma “grande ressaca ciclônica” nas costas de Hong Kong, com o aumento no nível do mar em algumas áreas de mais de três metros acima do nível de referência, acrescentou o serviço meteorológico. A região chinesa de Macau, conhecida por seus cassinos, também sofreu inundações generalizadas e suspendeu o fornecimento de energia elétrica em algumas áreas, segundo a empresa de serviços públicos CEM. Em Taiwan, pelo menos 17 pessoas morreram e 18 ficaram feridas quando a barreira de proteção de um lago se rompeu no condado de Hualien (leste), segundo as autoridades regionais.

Os bombeiros registraram pelo menos 152 pessoas desaparecidas após a tragédia, enquanto o primeiro-ministro taiwanês, Cho Jung-tai, anunciou o compromisso de ajudar os afetados durante uma visita à região. O supertufão também provocou as mortes de pelo menos duas pessoas no norte das Filipinas. O Ministério de Gestão de Emergências da China anunciou que o tufão deve tocar o solo ao longo da costa da província de Guangdong nas próximas horas. As autoridades da China continental ordenaram o fechamento de estabelecimentos comerciais e das escolas em pelo menos 10 cidades no sul do país, medida que afetou dezenas de milhões de pessoas. As ruas estavam praticamente durante a manhã de quarta-feira em Yangjiang, uma cidade do oeste de Hong Kong.

Inundações

Vários distritos de Hong Kong sofreram inundações. No hotel Fullerton Ocean Park, ao lado de um parque temático, um vídeo mostra o momento em que um homem perde o equilíbrio com o avanço da água pela entrada do estabelecimento. As águas também inundaram a localidade costeira de Heng Fa Chuen, segundo outro vídeo. Os ventos arrancaram a parte superior de uma passarela para pedestres, enquanto muitos dos famosos arranha-céus do centro financeiro balançavam com o vento. Um bombeiro, que se identificou apenas com o sobrenome Tse, disse à AFP que estava “um pouco preocupado” com a segurança dos tradicionais andaimes de bambu usados nas construções na cidade, depois de um turno de 11 horas “sem descanso”. As autoridades informaram que mais de 760 pessoas buscaram refúgio em 50 abrigos temporários.

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A empresa que administra o aeroporto de Hong Kong afirmou que apenas “um número limitado de voos de carga” estava programado para esta quarta-feira. Segundo a polícia, uma criança de cinco anos e sua mãe caíram ao mar na tarde de terça-feira, quando observavam as ondas no distrito de Chai Wan. As duas vítimas estavam hospitalizadas em estado crítico. O pai da criança, de 40 anos, que segundo relatos pulou no mar para salvar sua família, também foi hospitalizado. Os cientistas alertam que as tempestades se tornam mais intensas com o aquecimento do planeta devido aos efeitos das mudanças climáticas provocadas pelo ser humano.

*Com informações da AFP

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