‘Temos habilidade de adaptar vacina contra Ômicron’, diz CEO da BioNTech

Ugur Sahin afirmou que trabalho pode ser feito ‘relativamente rápido’, mas apontou indícios de que imunizante continua a proteger contra formas graves da Covid-19

  • Por Jovem Pan
  • 03/12/2021 11h17
27/08/2021 REUTERS/Michele Tantussi Presidente-executivo da BioNTech, Ugur Sahin, em Berlim CEO da BioNTech reconheceu possibilidade de adaptar vacinas

O CEO da farmacêutica BioNTech, Ugur Sahin, conversou com jornalistas em evento realizado pela agência de notícias Reuters nesta sexta-feira, 3, sobre a variante Ômicron. Segundo ele, há informações e estudos suficientes que permitem a adaptação do imunizante caso ele não seja totalmente efetivo contra a nova cepa que causa a Covid-19. “Se a variante se desenvolver e não conseguir mais ser controlada pela vacina, nós temos a habilidade de adaptar a vacina relativamente rápido”, analisou. Ele lembrou que a ciência estava preparada para mudanças na estrutura do vírus e não considerou a aparição da Ômicron surpreendente, mas reconheceu que não esperava que uma cepa com tantas mutações acumuladas aparecesse “tão cedo”. Apesar disso, o tom usado pelo CEO foi de tranquilização do público.

“Há indícios de que essa variante pode ser capaz de infectar pessoas vacinadas ou pessoas que já foram contaminadas pela doença, mas baseado no mecanismo de todas as vacinas e nas vacinas que conhecemos nós antecipamos que pessoas infectadas ou que já foram vacinadas continuarão sendo protegidas de formas graves da doença”, afirmou. Sahin disse que a farmacêutica, que trabalhou em parceria com a norte-americana Pfizer durante a pandemia, tem interesse em viabilizar produções autônomas da vacina no continente africano, um dos menos imunizados contra a Covid-19 até o momento. Enquanto alguns países da Europa e da América do Norte tentam incentivar a população a receber a dose de reforço da vacina, a África do Sul, local no qual a cepa foi identificada pela primeira vez, tem pouco mais de 24% da população totalmente imunizada, sendo uma das nações com maior taxa de adesão do sul do continente.

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