Após registros de casos da Ômicron, Bolsonaro descarta novo lockdown no Brasil
Presidente disse que é preciso se preocupar com o desemprego e com o coronavírus, afirmando que o país não aguentaria uma nova paralisação das atividades
O Brasil chega ao quinto caso confirmado da variante Ômicron, três em São Paulo e dois no Distrito Federal. Na capital do país, os registros aconteceram em dois homens, com idades de 40 a 49 anos, que já tomaram as duas doses da vacina contra a Covid-19 e também o reforço imunológico. Eles vieram da África do Sul e passaram pela Etiópia, fizeram uma escala em São Paulo em 27 de novembro e foram a Brasília. Segundo o secretário de Saúde do Distrito Federal, Manoel Narvaz Pafiadache, os dois infectados estão bem. “Estão naturalmente isolados. Só que automaticamente o nosso Centro de Informações da Saúde iniciou o trabalho protocolar de identificar todos os passageiros que estavam no entorno deles no voo Guarulhos-Brasília e já começamos as coletas por uma questão de acompanhamento”, reforçou. A secretaria de Saúde do DF está acompanhando outros seis passageiros que tiveram contato com os infectados no voo nacional, sendo cinco adultos e uma criança.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que vai manter o ritmo da campanha de vacinação para reforçar a proteção. Apesar dessa confirmação de novos casos relacionados à variante Ômicron, o presidente Jair Bolsonaro descartou a possibilidade de um lockdown. Segundo ele, o país não aguentaria uma nova paralisação. “Devemos nos preocupar com o desemprego e o vírus. Ambos são mortais. E o vírus é uma questão que veio, agora a OMS já disse, não sou eu que estou dizendo, que o vírus será para sempre. Não podemos. Nós não aguentaremos mais, nós ou o mundo, um novo lockdown, um novo ‘fecha tudo e a economia a gente vê depois’.”
O Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou que o governo federal exija a vacinação contra a Covid-19 para entrada de viajantes no Brasil. Caso o governo não atenda o pedido, terá que apresentar uma justificativa baseada em estudos e experiências internacionais. O presidente Jair Bolsonaro criticou o pedido e disse que as autoridades que pedem o comprovante estão extrapolando. “Até mesmo, como diz a OMS, os totalmente vacinados, aqueles que tomaram a segunda dose de algumas vacinas ou a primeira de outras marcas, podem se contaminar, transmitem o vírus e também podem morrer. É uma realidade”, completou. O Ministério da Saúde confirmou que outros oito casos suspeitos da Ômicron estão sendo analisados, sendo um em Minas Gerais, um no Rio de Janeiro e outros seis no Distrito Federal.
*Com informações da repórter Iasmin Costa
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