Tenista chinesa Peng Shuai faz videochamada com presidente do COI e diz estar ‘segura e bem’

Segundo comunicado do comitê, Peng Shuai disse que está morando em sua casa em Pequim e gostaria que sua privacidade fosse respeitada

  • Por Jovem Pan
  • 21/11/2021 19h15
Divulgação/IOC/Greg Martin presidente do COI em videochamada com a tenista chinesa peng shuai Presidente do COI, Thomas Bach, em videochamada com a tenista chinesa Peng Shuai neste domingo

Em meio a desconfianças a respeito de seu paradeiro e de sua integridade física, a tenista chinesa Peng Shuai fez numa videochamada neste domingo, 21, com o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, e afirmou estar “segura e bem”. Em comunicado, o COI diz que a chamada durou 30 minutos e que a ex-número 1 do mundo nas duplas agradeceu a preocupação com o seu bem-estar. A nota ainda aponta que a esportista da China explicou que está morando em sua casa em Pequim e pediu para que sua privacidade fosse respeitada neste momento. “É por isso que ela prefere passar seu tempo com amigos e familiares agora. Mesmo assim, ela continuará envolvida com o tênis, esporte que tanto ama.” O comunicado do COI encerra dizendo que Bach chamou Shuai para um jantar em janeiro, quando ele estará em Pequim, e que ela aceitou o convite.

A tenista não era vista publicamente desde o dia 2 de novembro, após acusar o ex-vice-premiê chinês Zhang Gaoli de abuso sexual. Até o momento, nem Gaoli nem o governo chinês responderam às acusações. Neste sábado, algumas imagens de Peng Shuai foram divulgadas por jornalistas chineses cujas contas no Twitter são classificadas como ‘mídia afiliada ao governo chinês’, o que despertou desconfiança. Mais cedo, algumas imagens da tenista em um torneio em Pequim também apareceram. No entanto, a Associação de Tênis Feminino (WTA, em inglês) contestou a autenticidade dos registros. Um porta-voz da associação disse à Reuters que as imagens eram “insuficientes” e não respondiam às preocupações da WTA. O caso de Peng Shuai ganhou repercussão mundial e levou países como Estados Unidos e Reino Unido a pedirem evidências do paradeiro e da segurança da tenista.

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