Trump alega que invasores do Capitólio estavam ‘abraçando e beijando’ policiais

O ex-presidente dos Estados Unidos acrescentou que os seus apoiadores representavam ‘zero ameaça’ no dia do incidente, que causou a morte de cinco pessoas

  • Por Jovem Pan
  • 26/03/2021 17h36 - Atualizado em 26/03/2021 18h12
EFE/ZACH GIBSON/Archivo Ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump O republicano reconheceu, no entanto, que "algumas pessoas" devem sofrer as consequências do que fizeram no dia 6 de janeiro

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que os seus apoiadores estavam “abraçando e beijando” agentes da polícia e representavam “zero ameaça” durante as manifestações em Washington D.C. no dia 6 de janeiro, que culminaram na invasão ao Capitólio e na morte de cinco pessoas. “Foi zero ameaça, desde o começo, foi zero ameaça. Olha, eles entraram, eles não deveriam ter feito isso. Alguns deles entraram e eles estavam abraçando e beijando os policiais e os guardas, você sabe, eles tinham uma ótima relação. Muitas pessoas foram chamadas para dentro, e elas entraram e saíram”, disse o republicano em entrevista à emissora de televisão norte-americana Fox News na noite desta quinta-feira, 26.

Após a fala confusa, Trump reconheceu que alguns dos manifestantes deveriam sofrer consequências pelos seus atos, mas logo em seguida mudou de assunto para criticar o movimento de esquerda Antifa, que se opõe ao nazismo e ao fascismo nos Estados Unidos. “Eles estão perseguindo muitas dessas pessoas (que invadiram o Capitólio), e algumas delas devem ser – algumas coisas devem acontecer com elas. Mas quando eu olho para o Antifa em Washington, aliás, o que eles fizeram com Washington e o que eles fizeram com outras localidades e a destruição, e francamente, matando e batendo nas pessoas, e nada acontece com eles de qualquer jeito. Por que eles não estão indo atrás do Antifa?”, questionou o ex-presidente.

A alegação de Donald Trump de que os seus apoiadores estavam “abraçando e beijando” os policiais em Washington D.C. pode estar relacionada com vídeos que mostram alguns agentes de segurança tirando selfies com os manifestantes e permitindo a sua entrada no Capitólio. No entanto, também existem gravações, depoimentos de policiais e relatos de funcionários que comprovam a violência da invasão no dia 6 de janeiro. Vídeos mostram que os manifestantes gritavam ameaças de morte ao vice-presidente Mike Pence e à presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi. Além disso, 100 policiais foram feridos e um morreu durante a invasão.

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