Trump irá processar Facebook, Google e Twitter por ‘ataque à liberdade de expressão’
Ex-presidente disse que buscará provar a ilegalidade do veto a suas contas nas plataformas digitais, defender a Primeira Emenda da Constituição e fazer com que as empresas deixem de ‘silenciar’
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump anunciou nesta quarta-feira, 7, que abrirá um processo coletivo contra Facebook, Google e Twitter e seus diretores executivos para que “prestem contas” pelo que considera um ataque à sua “liberdade de expressão”. Em entrevista coletiva em Bedminster, em Nova Jersey, Trump disse que buscará provar a ilegalidade do veto a suas contas nas plataformas digitai, defender a Primeira Emenda da Constituição – que proíbe restringir a liberdade de expressão – fazer com que as empresas consideradas “Big Tech” deixem de “silenciar” e “cancelar”. Depois que apoiadores de Trump invadiram o Congresso dos EUA, no dia 6 de janeiro, as contas do ex-presidente foram suspensas nas redes sociais Facebook e Twitter, o que ele classifica como “censura e abuso”.
O ex-mandatário apresentará o processo no estado da Flórida. A iniciativa é apoiada pelo America First Policy Institute, que reúne políticos de sua linha ideológica e ex-membros de seu gabinete. Segundo Trump, sua equipe jurídica contará com advogados que defenderam empresas de tabaco. “O caso provará que isto é ilegal, inconstitucional e completamente antiamericano”, argumentou Trump, que buscará “restituição” e compensação por “danos punitivos” por parte das redes sociais, as quais tachou de “agentes do governo”. “Vamos fazer as Big Tech prestarem contas, e será o primeiro de vários processos. Vamos liderar e mudar o país. Será uma batalha crucial em defesa da Primeira Emenda, estou certo que conseguiremos a vitória para os EUA, para a liberdade e a liberdade de expressão”, declarou.
O magnata também convidou a integrar o processo pessoas contrárias à sua ideologia, inclusive democratas, com o argumento de que as grandes empresas de tecnologia se aliaram ao governo para decidir o que é desinformação, e que dentro de alguns anos qualquer um pode ser uma vítima. Ao longo do discurso, Trump esteve acompanhado de várias pessoas afetadas pelas suspensões de contas e nomes como Pam Bondi, ex-procuradora do Distrito Sul da Flórida, que faz parte da equipe jurídica do ex-presidente. Bondi defendeu que as redes sociais não deveriam estar protegidas pela Seção 230 da Lei de Decência nas Comunicações de 1996, criada para proteger os menores da exposição online, e que permite que as empresas de tecnologia moderem conteúdos em suas plataformas e as blinda de consequências pelo material publicado pelos usuários.
*Com informações da EFE
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