Vacina de Oxford tem 70% de eficácia, aponta revista científica

O imunizante que está sendo desenvolvido pela faculdade em parceria com a AstraZeneca foi o primeiro a ter seus resultados da fase 3 divulgados

  • Por Jovem Pan
  • 08/12/2020 14h52 - Atualizado em 08/12/2020 16h01
EFE/Antonio Lacerda/Archivo Segundo a prestigiada revista científica The Lancet, a "vacina de Oxford" é segura e eficaz

A revista científica “The Lancet” publicou um artigo nesta terça-feira, 8, que confirma a eficácia da vacina contra a Covid-19 que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a empresa farmacêutica AstraZeneca. De acordo com a publicação, os resultados da terceira fase de testes clínicos indicam que o imunizante possui uma eficácia média de 70,4%. O valor pode variar entre 62% e 90% dependendo da quantidade da dose aplicada, sendo que o mínimo exigido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para que a vacina seja aprovada é de 50%. Dessa forma, a chamada “vacina de Oxford” se tornou a primeira a ter os seus resultados da terceira fase de testes completamente divulgados por uma revista científica. Considerada a mais prestigiada da área, a The Lancet fez a validação de dados com outros cientistas. O estudo foi realizado com mais de 20 mil voluntários do Reino Unido, do Brasil e da África do Sul, que receberam o imunizante contra o novo coronavírus em duas doses. Dentre elas, apenas três sofreram efeitos adversos graves que poderiam ser atribuídos à vacina, embora já tenham se recuperado.

Atualmente, o imunizante está sendo avaliado pelos órgãos reguladores da Índia e do Reino Unido antes de ter o seu uso emergencial autorizado. No Brasil, a expectativa é receber cerca de 15 milhões de doses  entre janeiro e fevereiro de 2021, segundo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. No entanto, a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford com a AstraZeneca foi alvo de questionamentos ao longo do último mês. No dia 26, as entidades admitiram que o imunizante precisava passar por novos estudos, que não estavam previstos no cronograma original porque houve um erro crucial na dose da vacina recebida por alguns participantes dos seus testes.

*Com informações de agências internacionais

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