Variante Ômicron chega a 57 países e hospitalizações devem aumentar, afirma OMS
Países vizinhos da África do Sul, Suazilândia, Zimbábue, Moçambique, Namíbia e Lesoto, registraram incidência ‘muito grande’ da doença em seus territórios na última semana
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta quarta-feira, 8, que a presença da variante Ômicron já foi notificada por 57 países. “A variante Ômicron já foi relatada em 57 países e esperamos que esse número continue crescendo. Certas características do Ômicron, incluindo sua propagação global e grande número de mutações, sugerem que ela pode ter um grande impacto no curso da pandemia”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom. Na África do Sul, onde variante foi relatada pela primeira vez, a OMS disse que o número de casos de Covid-19 dobrou na semana anterior a 5 de dezembro. Além da África do Sul, Suazilândia, Zimbábue, Moçambique, Namíbia e Lesoto, registraram incidência “muito grande” da doença em seus territórios na última semana. “Exatamente qual será o impacto ainda é difícil de saber. Agora que estamos começando a ver um quadro consistente de aumento rápido na transmissão, embora a taxa exata de aumento em relação a outras variantes continue difícil de quantificar”, acrescentou o diretor-geral.
A OMS destaca que é importante monitorar “cuidadosamente” o que acontece ao redor do mundo para entender se a taxa de incidência da Ômicron pode ultrapassar a da Delta, que se tornou uma variante prevalente. “Por esse motivo, conclamamos todos os países a aumentar a vigilância, os testes e o sequenciamento”, alerta a instituição. A organização ainda aponta que dados emergentes da África do Sul sugerem que a Ômicron gere maior risco de reinfecção, mas ressalta que mais pesquisas são necessárias para tirar conclusões mais firmes. Também existem evidências que a nova variante cause uma doença mais brande que a Delta, porém, novamente, ainda é muito cedo para definir.
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