Negociador do governo diz que não há nada que ameace futuro de Forças Armadas

  • Por Agencia EFE
  • 29/03/2015 00h51
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Bogotá, 28 mar (EFE).- O negociador plenipotenciário da delegação do governo nos diálogos de paz com as Farc, o general reformado Jorge Mora Rangel, garantiu neste sábado que os acordos alcançados em Havana não ameaçam em nada o futuro da polícia ou das instituições.

“Estou na mesa com minhas convicções, com meus argumentos, com o caráter de sempre, essa é minha forma de atuar na Mesa de Havana”, afirmou Mora Rangel ao discursar para membros das Forças Militares e da Polícia Nacional no Forte Militar de Larandia, no departamento do Caquetá.

O negociador disse ainda que nos acordos parciais alcançados no processo de paz, que acontece em Cuba há mais de dois anos, não há nada que comprometa o futuro da polícia, das instituições ou da democracia colombiana.

“Eu não vejo por nenhum lado que haja uma ameaça à segurança social de nossas Forças. Não vejo essa ameaça. Não a vejo em lugar algum”, destacou o general reformado.

Acrescentou: “não está em perigo nosso futuro, não está em perigo nosso salário de aposentadoria, não está em perigo a saúde, nem as casas, nada do que tivemos, digo aqui de todo coração: não vejo perigo”.

Mora Rangel se referiu ao mal-estar surgido em alguns setores, incluindo o dos generais reformados, por sua saída parcial da Mesa de Havana, justificada pelo presidente Juan Manuel Santos para participar de uma campanha de divulgação sobre os avanços das negociações, e por isso permaneceria parte do tempo na Colômbia.

O vice-almirante Luis Carlos Jaramillo Peña, da Armada; o maior general do Exército, Víctor Julio Álvarez e o maior general Ricardo Rubianogroot, da Força Aérea Colombiana, renunciaram a assessorar ao Comando Estratégico de Transição do Ministério da Defesa, pela medida tomada pelo presidente Santos.

Os agora ex-assessores sustentaram que essa situação é “prejudicial para a negociação e em particular para com a polícia, pois devem existir motivos diferentes dos expostos” para esta decisão.

No entanto, Mora Rangel foi claro ao ressaltar que nas negociações de paz não têm “absolutamente nada que nos prejudique, que nos preocupe, que ponha em risco o sistema democrático colombiano, ou o sistema econômico, ou que ponha em risco as instituições”.

E finalizou: “eu pessoalmente tenho minha consciência tranquila que agimos pelo país, mas mais por vocês e nossas Forças Armadas”. EFE

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