Néstor Kirchner e Hugo Chávez são declarados cidadãos ilustres do Mercosul
Caracas, 29 jul (EFE).- Néstor Kirchner e Hugo Chávez foram declarados nesta terça-feira cidadãos ilustres do Mercosul na Cúpula de Presidentes que aconteceu em Caracas, a primeira do bloco a ser realizada na Venezuela.
“Foram declarados como cidadãos ilustres do Mercosul o companheiro Néstor Kirchner e o companheiro Hugo Chávez Frias, que foram líderes deste processo de unificação da América do Sul”, afirmou o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
O texto de reconhecimento a Kirchner, que morreu em 2010, destaca a “longa trajetória de compromisso com a política, ao colocá-la como o instrumento válido para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, a partir de profundos ideais e convicções”.
Além disso, ressalta a “irrefutável contribuição à recuperação econômica da Argentina”, à inclusão da mulher nos poderes públicos e “sua luta para acabar com as leis que protegiam militares e civis envolvidos em crimes contra a humanidade durante a última ditadura militar”.
O texto também ressalta sua disposição para fortalecer os mecanismos de integração na América do Sul, a vontade para reforçar o Mercosul, e reconhece sua destreza política, “credenciais indiscutíveis para sua designação como secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas”.
No caso de Chávez, que morreu no ano passado, a declaração de cidadão ilustre ressalta seu “forte compromisso com a integração dos povos da América Latina e o Caribe”, a “profunda compreensão da realidade da região” e “sua inabalável vontade pela defesa e preservação dos princípios de soberania e autodeterminação dos povos”.
Também foi ressaltado “seu esforço para incorporar a República Bolivariana da Venezuela ao Mercosul, entendendo que constituiria a via mais adequada para a construção da União Sul-Americana”, que aconteceu em junho de 2012.
Chávez foi reconhecido ainda pela “coragem com a qual enfrentou todo tipo de ameaça formulada pelos grandes poderes econômicos nacionais e transnacionais”, assim como “a dignidade com a qual representou seu país perante os fóruns internacionais”, e sua “indubitável contribuição” ao dar visibilidade à região no mundo. EFE
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