Níger entrega Saadi Kadafi, filho do ditador Muammar Kadafi, à Líbia
Trípoli, 6 mar (EFE).- O terceiro filho de Muammar Kadafi, Saadi Kadafi, nascido em 1973, chegou durante a madrugada desta quinta-feira na Líbia, após ser entregue às autoridades pelo Níger, país no qual se refugiou em setembro de 2011, segundo um comunicado do governo líbio.
Saadi, que foi comandante das Forças Especiais líbias, chegou em um avião às 3h30 locais (22h30 de Brasília da quarta-feira) ao aeroporto internacional de Matiga, em Trípoli, e foi conduzido para uma prisão, cercado por um forte aparato de segurança.
O governo líbio agradeceu a cooperação do presidente da república do Níger, Mahamadu Isufu, e das autoridades desse país e prometeu que “tratará o acusado de acordo com os princípios da justiça e das medidas internacionais que regem o tratamento dos detidos”.
Em dezembro de 2011, o governo mexicano anunciou que tinha frustrado um plano para que Saadi Kadafi, ex-dirigente da Federação Líbia de Futebol, se estabelecesse com identidade falsa no México com o apoio de uma rede criminosa internacional.
Saadi Kadafi era procurado pela Interpol, a pedido das autoridades líbias, desde 29 de setembro de 2012, acusado de apropriação indevida por meio da força e intimidação armada quando era presidente da Federação Líbia de Futebol.
Em entrevista concedida ao canal internacional árabe “Al Arabiya” em fevereiro de 2012, assegurava que sua extradição à Líbia poderia acontecer “a qualquer momento”, com a finalidade de acabar com “as ações de vingança” que acontecem no país.
Saadi Kadafi, que chegou a disputar duas partidas como jogador profissional pelo Campeonato Italiano antes de ser punido por doping, é o segundo filho do ditador a ser colocado sob custódia das autoridades líbias, depois que Seif al Islam Kadafi foi preso em novembro de 2011, um mês depois da queda do regime de seu pai.
Dos oito filhos de Kadafi, três morreram durante o levante popular armado que o derrubou, Mutasim, Khamis e Seif al Arab, e outros três, Mohammed, Aisha e Hanibal fugiram para a Argélia. EFE
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