No 4º aniversário de terremoto, 146 mil haitianos seguem em situação de risco

  • Por Agencia EFE
  • 11/01/2014 20h25
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 O Haiti lembra neste domingo (12) quatro anos do devastador terremoto que causou 300 mil mortes e deixou sem lar mais de 1,5 milhão de pessoas, das quais atualmente 90% conseguiram voltar para casa, enquanto cerca de 146 mil seguem em abrigos em situação de alto risco.

O terremoto que atingiu a nação mais pobre da América em 12 de janeiro de 2010 deixou, além de milhares de mortos, perdas materiais no valor de US$ 7 bilhões e 1,5 milhão de desabrigados.

Quatro anos depois, ainda restam 146.464 pessoas em situação de extrema vulnerabilidade em 271 campos de deslocados, onde vivem em péssimas condições e que pioram a cada dia, segundo dados da Organização Internacional de Migrações (OIM).

Apesar de 90% ter conseguido sair dos campos de deslocados, que se reduziram em 83%, os que permanecem são os mais vulneráveis e vivem na pobreza extrema, sobrevivendo em tendas de campanha feitas para durar seis meses, mas onde já estão há anos. Muitas latrinas já não funcionam e quase não há serviços básicos.

Além disso, correm risco de sofrer violência, especialmente sexual ou o despejo forçado. Boa parte destes haitianos, além de terem ficado sem lar após o terremoto, perderam seu emprego por alguma incapacidade que, após a desgraça, torna impossível exercer o trabalho de antes.

Segundo a Direção Geral de Ajuda Humanitária e Defesa Civil (ECHO) da Comissão Europeia, existem 16.377 famílias em risco de sofrer um despejo forçado pelas autoridades e que não teriam para onde ir.

A mesma fonte denuncia que “177 campos foram fechados assim desde 2010 e 16 mil famílias foram expulsas mediante o uso da violência e sem receber nenhum tipo de ajuda”.

Esta situação ocorre quando os campos estão em terreno público e o governo quer utilizá-lo para outros fins ou quando estão em áreas privadas e o proprietário exige sua devolução.

Uma pesquisa realizada pela Direção Geral de Água Potável em 65 campos de deslocados concluiu que 92% dos campos que restaram sofrem inundações recorrentes e que 88% está sem tratamento de resíduos. 

 

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