Novos protestos no Egito deixam 5 mortos, diz Irmandade Muçulmana

  • Por Agencia EFE
  • 17/01/2014 14h46

Cairo, 17 jan (EFE).- Pelo menos cinco pessoas morreram nesta sexta-feira no Cairo e seus arredores em novos confrontos entre manifestantes e a Polícia, que explodiram durante os protestos dos islamitas, informaram fontes da Irmandade Muçulmana.

Um porta-voz da confraria, que pediu o anonimato, explicou que as vítimas são de vários distritos dos arredores do Cairo e na cidade de Al Fayum, no sul da capital.

O jornal “Al-Ahram”, em sua edição em inglês, noticiou a morte de seis partidários da Irmandade, enquanto o Ministério da Saúde só confirmou por enquanto um morto em Al Fayum.

O órgão, que só se refere às vítimas que foram internadas em seus hospitais, também indicou em seu comunicado que cinco pessoas ficaram feridas em distúrbios nesse povoado, no Cairo e em Minia, ao sul da capital.

Uma fonte de segurança disse à Agência Efe que a Polícia deteve 34 pessoas na mesquita de Yousef al Sadiq em Al Fayum, e 15 na cidade mediterrânea de Alexandria, enquanto a agência oficial “Mena” informou de 39 detenções no Cairo.

As forças de segurança apreenderam armas automáticas e coquetéis molotov durante a operação na mesquita de Al Fayum, segundo a fonte.

As universidades de Al-Azhar e do Cairo foram de novo um dos palcos onde as manifestações foram dispersadas à força pela Polícia.

Nos arredores da segunda, onde ontem morreu um estudante, explodiram confrontos entre os simpatizantes da confraria e vizinhos opositores.

A Coalizão para a Defesa da Legitimidade, formada pela Irmandade e outros grupos afins, convoca manifestações contínuas para rejeitar o golpe militar que depôs o presidente islamita Mohammed Mursi em julho passado e a posterior repressão de seus seguidores.

Os protestos de hoje acontecem na véspera do anúncio dos resultados oficiais do referendo constitucional, realizado nos dias 14 e 15 de janeiro no meio do boicote da Irmandade Muçulmana.

Os primeiros resultados divulgados na quarta-feira pela imprensa estatal e privada apontam que a nova Carta Magna foi referendada por mais de 95% dos eleitores, embora reste saber o índice de participação.

A Coalizão para a Defesa da Legitimidade rejeitou os resultados divulgados até o momento e proclamou o “triunfo histórico” do boicote que tinha defendido na consulta. EFE

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