Número de menores que cruzaram fronteira dos EUA sozinhos cresceu 77%

  • Por Agencia EFE
  • 10/10/2014 02h32
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Washington, 10 out (EFE).- O número de menores que cruzaram sozinhos a fronteira entre México e Estados Unidos cresceu 77% em 2014, após ser registrada uma das piores crises migratórias das últimas décadas.

Ao todo, 68.541 menores foram detidos quando tentavam entrar nos EUA entre 1 de outubro de 2013 e 30 de setembro deste ano, frente aos 38.759 do ano anterior, segundo o último relatório do Escritório de Alfândegas e Proteção Fronteiriça (CBP, sigla em inglês).

O aumento se deve principalmente à crise migratória da primavera e do verão, que chegou à maior intensidade em junho, quando mais de 10 mil menores de idade vindos de Honduras, El Salvador, Guatemala e México cruzaram a sós a fronteira sul dos Estados Unidos.

Esse movimento diminuiu nos meses seguintes perante as medidas adotadas pelo governo de Barack Obama, que classificou a situação como “crise humanitária”, e as mensagens das autoridades dos países de origem para alertar sobre os perigos da viagem, além da chegada das altas temperaturas.

Em julho, o número de menores detidos ao atravessar a fronteira foi reduzido à metade, 5.501, enquanto em agosto o número foi de 3.141, detalhou o secretário de Segurança Nacional, Jeh Johnson, na quinta-feira, em uma conferência no Centro de Estudos Internacionais e Estratégicos (CSIS, sigla em inglês) de Washington.

Em setembro, continuou a tendência e o número de menores que cruzaram sozinhos a fronteira foi reduzido a 2.424, anunciou Johnson.

“No final de junho e em julho, milhões de americanos viram as imagens de centros cheios de crianças”, lembrou, para ressaltar que agora a entrada de menores desacompanhados está “em seu número mais baixo desde janeiro de 2013”.

Johnson reconheceu que embora “o pior tenha passado”, os fatores econômicos e sociais que provocaram a migração de junho “continuem a existir”.

“A pobreza e a violência, fatores para sair de Honduras, Guatemala e El Salvador, seguem existindo. A economia de nosso país, um fator para virem, está melhorando. Ainda podemos e devemos fazer muito”, concluiu. EFE

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