Obama diz que não se desculpará por acordo para libertar Bergdahl

  • Por Agencia EFE
  • 05/06/2014 13h59
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Bruxelas, 5 jun (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou nesta quinta-feira que não se desculpará por ter trocado cinco talibãs presos em Guantánamo pelo sargento americano Bowe Bergdahl, apesar das crescentes críticas no Congresso de seu país em relação ao acordo.

“Não me desculparei em absoluto por me assegurar de que trazíamos um jovem de volta para seus pais e (sei) que o povo americano entende que esse é o filho de alguém e que não se deve condicionar se tentamos resgatá-lo ou não”, disse Obama em seu pronunciamento ao final da cúpula do G7 (Grupo dos Sete), que acontece hoje e amanhã em Bruxelas.

“As polêmicas que nascem em Washington nunca me surpreendem e isso era de se esperar”, criticou Obama.

Vários membros do Congresso expressaram nos últimos dias seu mal-estar por que o governo não lhes informasse sobre a troca pelo menos 30 dias antes da operação, como exige a lei.

O governo de Obama explicou que atuou sem consultar ao Congresso diante dos “relatórios críveis do risco de dano grave” para o sargento, em cativeiro no Afeganistão desde junho de 2009.

“Havíamos indicado ao Congresso a possibilidade de ocorrer algo como isso. Mas devido à natureza das pessoas com que estávamos lidando (os talibãs) e a fragilidade dessas negociações, sentimos que era importante agir, e fizemos isso”, disse Obama.

“E agora estamos explicando ao Congresso os detalhes de como atuamos”, acrescentou o presidente, em referência à reunião que mantiveram na quarta-feira funcionários da Casa Branca com os senadores do país para explicar os detalhes da polêmica libertação de Bergdahl.

Ao final da reunião, vários legisladores asseguraram que a informação do governo os tinha deixado com “mais perguntas que respostas”, nas palavras do senador democrata da Virgínia Ocidental Joe Manchin.

Além disso, o senador republicano John McCain pediu nesta semana que o governo esclareça que tipo de vigilância terão os cinco presos afegãos levados ao Catar, que aceitou acolhê-los durante pelo menos um ano com liberdade de movimento, mas sob supervisão. EFE

llb/tr

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