Obama e Putin querem solução política na Síria, mas diferem sobre Assad

  • Por Agencia EFE
  • 28/09/2015 23h43
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EFE/Justin Lane Putin e Obama durante almoço oficial da Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque nesta segunda

Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Vladimir Putin, concordaram nesta segunda-feira sobre a necessidade de buscar uma solução política ao conflito na Síria, mas seguem com opiniões distintas sobre o papel de Bashar al Assad na solução da crise.

Durante uma reunião que mantiveram na sede da ONU, os dois líderes concordaram em estabelecer uma maior comunicação militar entre os países, de acordo com um alto funcionário do governo americano, que falou sob condição de anonimato aos jornalistas.

A fonte disse que o encontro, o primeiro formal entre ambos em mais de dois anos e que durou 95 minutos, foi “cordial”. Eles dedicaram a primeira metade à crise ucraniana e a outra à Síria.

Sobre a Síria, o funcionário americano disse que Obama e Putin estão fundamentalmente em lados opostos sobre o papel de Assad na resolução do problema.

“Acredito que os russos, sem dúvida, entenderam a importância de uma solução política na Síria e de um processo que persiga essa solução. Mas temos diferenças no que seria o resultado desse processo, em particular no que se refere a Assad”, disse a fonte.

Além disso, os EUA não consideram como destrutiva uma maior presença militar russa na Síria, desde que ela não sirva para fortalecer o regime de Assad contra “seu próprio povo”.

“Temos clareza de seus objetivos”, disse o alto funcionário sobre o desejo da Rússia de lutar contra o Estado Islâmico (EI) e apoiar o regime sírio ao mesmo tempo.

Putin e Obama discursaram pela manhã na Assembleia-Geral da ONU e expuseram claramente suas diferenças sobre a crise síria, que já dura mais de quatro anos. Enquanto o líder americano reiterou que Assad deve renunciar para dar início a uma transição que permita o fim do conflito, o presidente russo pediu o apoio da comunidade internacional ao “governo legítimo” de Damasco.

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