Obama recebe dalai lama na Casa Branca e pede diálogo com a China
Washington, 21 fev (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, expressou nesta sexta-feira ao dalai lama seu apoio à “via intermediária” como solução para o Tibete, ao mesmo tempo em que encorajou um “diálogo direto” com a China para resolver suas diferenças.
Durante seu encontro a portas fechadas no Salão de Mapas da Casa Branca, Obama reiterou ao líder religioso que os Estados Unidos “não apoiam a independência do Tibete”.
Por sua parte, o dalai lama declarou que não busca a “independência” do Tibete e que confia que o diálogo entre seus representantes e o governo chinês “será retomado”, segundo detalhou em comunicado a Casa Branca, que distribuiu também uma foto do encontro.
A reunião de hoje entre ambos, a terceira desde que Obama chegou à Casa Branca em janeiro de 2009, causou mal-estar ao governo da China, que pediu seu cancelamento.
Obama e o dalai lama “concordaram na importância de uma relação positiva e construtiva entre Estados Unidos e China”, declarou a Casa Branca.
Além disso, o presidente americano “reiterou seu firme apoio à preservação das tradições religiosas, culturais e linguísticas únicas do Tibete”, assim como à “proteção dos direitos humanos dos tibetanos” na China.
A Casa Branca acrescentou que Obama elogiou “o compromisso” do dalai lama “com a paz e a não violência”.
O Ministério das Relações Exteriores chinês anunciou hoje que apresentou um protesto formal contra a reunião, que considera prejudicial para os interesses de Washington.
“Qualquer país que prejudique os interesses da China verá no final prejudicados seus próprios interesses”, advertiu em entrevista coletiva a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, que horas antes tinha pedido a Washington que cancelasse o encontro.
A China assegura que o Tibete é há séculos parte inseparável de seu território, enquanto os tibetanos argumentam que a região foi durante muito tempo virtualmente independente até que foi ocupada pelas tropas comunistas em 1951. EFE
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