Obama reitera apoio dos EUA a eleições abertas em Hong Kong

  • Por Agencia EFE
  • 01/10/2014 22h19
  • BlueSky

Washington, 1 out (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reiterou nesta quarta-feira em Washington ao ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, que seu governo apoia as eleições abertas reivindicadas pelos manifestantes em Hong Kong.

“Os Estados Unidos expressaram repetidamente seu apoio ao sistema aberto que é essencial para a estabilidade e prosperidade de Hong Kong, ao sufrágio universal e às aspirações do povo de Hong Kong”, indicou a Casa Branca em comunicado após a reunião de Obama com Wang Yi.

O ministro chinês tinha advertido de manhã, antes de sua reunião com o secretário de Estado americano, John Kerry, que os protestos pró-democráticos em Hong Kong são “assuntos internos” e ressaltou que nenhum país “toleraria atos ilegais que violam a ordem pública”.

Por sua parte, Kerry insistiu que os Estados Unidos apoiam as reivindicações dos manifestantes em Hong Kong, que pedem eleições abertas em 2017.

A mesma mensagem lhe passou Obama horas depois, em reunião na qual também participou a assessora de Segurança Nacional, Susan Rice, e que serviu para abordar outros assuntos como a ofensiva contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI) no Oriente Médio, o programa nuclear da Coreia do Norte e a luta contra a epidemia do ebola.

Além disso, Obama e Wang Yi conversaram sobre a próxima viagem de Obama à China, prevista para entre os dias 10 e 12 de novembro, uma oportunidade para “fortalecer” a cooperação bilateral entre os países, declarou Rice.

O movimento democrático de Hong Kong, batizado popularmente como a “revolução dos guarda-chuvas”, completou nesta quarta-feira seu quarto dia consecutivo de protestos para reivindicar o sufrágio universal sem restrições nas eleições de 2017.

O governo chinês aprovou uma reforma no final de agosto que não permite pleitos abertos para escolher o próximo governante de Hong Kong.

Embora a China tenha advertido desde o princípio contra possíveis ingerências estrangeiras nos protestos, a Casa Branca assegurou nesta segunda-feira que não duvidará em expressar sua posição ao governo chinês, incluído seu respaldo à reivindicação dos manifestantes.

“Acreditamos que a legitimidade básica do chefe executivo de Hong Kong melhorará enormemente se for selecionado por meio do sufrágio universal”, assegurou na segunda-feira o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

Hong Kong, que retornou à China em 1997 após mais de 150 anos de domínio britânico, mantém uma ampla autonomia, mas seu chefe executivo foi eleito até agora pelos 1.200 membros de um comitê eleitoral.

Com a reforma implantada pelo governo chinês, têm direito a voto todos os cidadãos, mas os candidatos seguirão sendo escolhidos por um comitê eleitoral. EFE

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.