Oposição garante que Exército Livre Sírio não retém civis

  • Por Agencia EFE
  • 26/01/2014 11h08

Genebra, 26 jan (EFE).- O porta-voz da delegação opositora síria, Monzer Akbik, confirmou que as partes abordaram na reunião desta manhã a questão dos presos políticos e garantiu que o Exército Livre Sírio (ELS), braço armado da oposição, “não retém civis, só combatentes”.

“O regime tem retidos nas prisões milhares de civis. São prisioneiros de consciência. Qualquer um que fale contra o regime, publique um artigo ou de alguma maneira apoie a revolução é detido e torturado”, declarou Akbik à imprensa.

O porta-voz rejeitou que se possa realizar uma troca de presos porque, segundo defendeu, o único Exército que retém civis é o do regime, e esclareceu que sua “prioridade é a libertação de mulheres, crianças e pessoas vulneráveis”, como doentes ou que necessitem atendimento médico.

Em relação à entrada de ajuda humanitária em Homs, outro dos assuntos que se está negociando, o porta-voz comentou que a delegação do regime consultará Damasco a respeito e que voltará com uma resposta esta tarde, quando serão retomadas as conversas.

Akbik indicou que, mesmo que não se consiga que entre ajuda humanitária à cidade entre hoje e amanhã, a delegação da oposição está pronta de todos os modos para começar com a negociação política amanhã mesmo.

“Se amanhã não entrarem comboios de ajuda em Homs, consideraremos que a outra parte não é séria sobre este processo. Mas mesmo assim, nós estaremos prontos para avançar nas conversas políticas”, assegurou.

O porta-voz explicou que as negociações sobre um cessar-fogo estão começando por Homs porque “é uma das cidades mais afetadas pelo assédio do regime” e porque é “mais fácil” conseguir avanços em áreas mais pequenas, para depois estendê-los a outros lugares.

Nos primeiros dias de negociações, as consultas estão centradas em assuntos humanitários, temas que, segundo Akbik, contribuem para “assentar a confiança entre as partes” antes de começar o assunto. EFE

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