Palestinos alertam para “catástrofe” humanitária em Al Yarmouk

  • Por Agencia EFE
  • 06/04/2015 10h31
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Beirute, 6 abr (EFE).- A situação humanitária é “catastrófica” no campo de refugiados de Al Yarmouk, ao sul de Damasco, cujo regime tenta controlar o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), disse nesta segunda-feira à Agência Efe o porta-voz do Grupo de Ação para os Palestinos na Síria, Fayez Abu Eid.

A fonte, que está em Beirute, mas em contato com os moradores do campo de refugiados palestinos, explicou que as condições de vida ficaram ainda mais precárias devido ao cerco imposto pelas forças do regime há dois anos.

Segundo Abu Eid, no interior de Al Yarmouk, onde ainda estão muitos civis que não conseguiram fugir, não há água nem comida.

A agência de notícias oficial síria “Sana”, informou no domingo que cerca de 2.000 pessoas abandonaram o campo entre sexta-feira e sábado.

“Os civis saíram por um corredor aberto na parte norte do campo, onde estava o exército sírio, mas a maioria escapou por Yalda”, ao sudeste de Al Yarmouk, disse Abu Eid.

O porta-voz destacou que há combates na maioria das regiões de Al Yarmouk, onde, segundo suas informações, o EI controla 80% da superfície.

O diretor de Assuntos Políticos da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) em Damasco, Anwar Abdul Hadi, disse à Efe na sexta-feira que o EI dominava 90% do campo.

Abu Eid acrescentou que combatentes dos grupos Levante do Profeta e Exército de Ababil conseguiram entrar no domingo pela região do Centro Cultural, no sul de Al Yarmouk, para ajudar a Aknaf Beit al Maqdish, uma facção palestina oposta ao regime de Bashar al Assad que enfrenta o EI desde quarta-feira.

Os insurgentes assumiram o controle de Al Yarmouk em dezembro de 2012 e, desde então, suas ruas se tornaram palco de confrontos entre grupos opositores e forças governamentais.

Antes do início do conflito na Síria em março de 2011, cerca de 160 mil pessoas moravam no local, das quais apenas 12 mil continuavam no campo na semana passada, segundo dados de Abdul Hadi. EFE

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