Paquistão enviará a Cabul provas de que ataque foi planejado do Afeganistão

  • Por Agencia EFE
  • 21/09/2015 14h12

Islamabad, 21 set (EFE).- As autoridades paquistanesas anunciaram nesta segunda-feira o envio a Cabul de provas que o ataque a uma base militar que causou 42 mortos no Paquistão na sexta-feira foi realizado por insurgentes treinados no Afeganistão, conforme informou à Agência Efe uma fonte oficial.

“Muitas provas do ataque à base de Badaber foram expostas durante a reunião”, disse um porta-voz do Ministério da Defesa do Paquistão, que pediu o anonimato, em referência a um encontro realizado hoje entre o primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, e os líderes de segurança do país asiático.

Segundo essa fonte, “foi decidido que estas provas serão entregues em breve ao Afeganistão”, cujo governo negou que o ataque tenha sido planejado de seu território.

Sharif se reuniu em Islamabad com os ministros da Defesa, Khawaja Muhamad Asif; Fazenda, Ishaq Dar; e Interior, Nisar Ali Khan; e com o chefe do exército do Paquistão, o general Raheel Sharif, entre outros comandantes militares, segundo um comunicado do governo paquistanês.

“A reunião revisou a situação de segurança no país, o compartilhamento de provas com o Afeganistão, a estratégia de gestão da fronteira com o Afeganistão e a implementação do Plano Nacional de Ação”, de acordo com a nota, na qual não foram especificadas as provas que serão entregues às autoridades afegãs.

Um dia depois do ataque, o governo afegão que a ofensiva tenha sido “planejada e controlada do Afeganistão” e pediu ao Paquistão que “continue unindo” os esforços de ambos os países na luta contra os insurgentes.

O ataque talibã a um acampamento das Forças Aéreas em Peshawar, no noroeste do Paquistão, deixou 42 mortos, entre eles 26 soldados e três civis, além dos 13 agressores, e cerca de 20 feridos.

O ataque à base situada na região de Badaber foi o de maior dimensão contra alvos militares no Paquistão desde a ofensiva em dezembro de 2014 contra uma escola em Peshawar vinculada ao exército, no qual morreram 125 crianças.

Ambos os ataques foram reivindicados pelo principal grupo talibã paquistanês, o TTP.

As autoridades afegãs e paquistanesas decidiram no início deste mês, em reunião em Cabul, restabelecer a confiança entre ambos os países após as acusações do Afeganistão contra o Paquistão de apoiar os talibãs em ataques em território afegão preparados no país vizinho. EFE

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