Para Obama, pacto nuclear com o Irã é a “melhor aposta”

  • Por Agencia EFE
  • 06/04/2015 12h52
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EFE/George Frey Presidente dos EUA

O acordo preliminar negociado entre as potências internacionais e o Irã é a “melhor aposta” para conseguir que esse país não desenvolva a bomba atômica, segundo assegura o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal “The New York Times”.

“Esta é nossa melhor aposta para assegurar que o Irã não fará uma arma nuclear”, disse Obama, para quem o pacto é “uma oportunidade única”.

O presidente americano, ao mesmo tempo, dirigiu uma mensagem de apoio a Israel, cujo governo se mostrou muito crítico com o resultado das negociações internacionais com o Irã.

“O que vamos fazer é enviar uma mensagem muito clara aos iranianos e à região que se alguém tentar desestabilizar Israel, os Estados Unidos estarão ali”, assinalou.

Obama afirmou que respeita as preocupações manifestadas pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, com relação ao Irã, mas defendeu que nada do negociado põe Israel em perigo.

“Consideraria um fracasso de minha parte, um fracasso fundamental de minha presidência, se sob minha supervisão, ou como consequência do meu trabalho, Israel fosse mais vulnerável”, ressaltou.

O acordo, que ainda deve ser fechado em seus termos definitivos antes de 1 de julho, também recebeu duras críticas nos EUA por parte dos republicanos, que querem que o Congresso tenha a palavra final sobre sua aprovação.

Em sua entrevista ao “The New York Times”, Obama rejeitou essa opção, mas deixou a porta aberta a um voto não vinculativo.

“Minha esperança é que possamos encontrar algo que permita ao Congresso se expressar, mas que não invada prerrogativas tradicionalmente presidenciais e assegure que se de fato alcançamos um bom acordo, possamos seguir adiante e implementá-lo”, explicou.

Obama confiou que se o pacto for fechado finalmente, impulsionará figuras mais moderadas na política iraniana.

“Quem sabe? Pode ser que o Irã mude”, disse, ao mesmo tempo que deixou claro que caso que isso não ocorra, os EUA seguirão tendo capacidade para responder.

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