Para UE, prisão de jornalistas na Turquia é “incompatível” com democracia

  • Por Agencia EFE
  • 14/12/2014 17h09
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A União Europeia (UE) ressaltou neste domingo (14) que que as batidas e detenções de jornalistas ocorridas na Turquia são “incompatíveis com a liberdade de informação, princípio essencial da democracia”.

“Esta operação vai contra os valores europeus e dos padrões a que Turquia aspira fazer parte e que são centrais em relações reforçadas”, afirmaram a alta representante da UE para a Política Externa, Federica Mogherini, e o comissário europeu de Política de Vizinhança, Johannes Hahn, em comunicado conjunto.

Vários jornalistas e policiais foram detidos hoje na Turquia em uma operação contra o movimento do islamita Fethullah Gülen, que o partido governante Justiça e Desenvolvimento (AKP, islamita moderado) classifica como um “Estado paralelo”, informou o canal de notícias “CNNTürk”.

Na nota, Mogherini e Hahn assinalaram que “essas batidas e detenções de jornalistas e outros representantes de meios de comunicação são incompatíveis com a liberdade de informação, princípio essencial da democracia”.

Ambos disseram esperar “que o princípio da presunção de inocência prevalecerá, assim como o inalienável direito de uma investigação independente e transparente, com pleno respeito aos direitos dos acusados, caso tenha havido algum delito”.

Mogherini e Hahn visitaram há pouco a Turquia, “que ressaltou a importância das relações” com a UE.

A UE lembrou à Turquia que “qualquer passo em direção a adesão de qualquer país candidato depende do pleno respeito da lei e dos direitos fundamentais”.

Mogherini e Hahn sublinharam que transmitirão suas preocupações sobre a Turquia aos ministros de Assuntos Gerais da UE que se reunirão na próxima terça-feira para conversar, entre outras questões, sobre a política comunitária sobre futuras adesões.

“Esperamos que o forte compromisso que as autoridades turcas expressaram durante nossa visita se transforme em fatos”, afirmaram.

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