Participantes de cúpula sobre Iraque oferecem apoio militar contra EI
Paris, 15 set (EFE).- Os participantes da conferência sobre a paz e a segurança no Iraque se comprometeram nesta segunda-feira a fornecer para as autoridades locais os meios necessários para o governo de Bagdá lutar contra o grupo jihadista Estado Islâmico.
Além disso, demonstraram sua determinação para aplicar as resoluções da ONU contra o terrorismo. A conferência está sendo realizada em Paris.
O apoio, segundo o comunicado divulgado ao final do encontro, “contempla uma ajuda militar apropriada, correspondente às necessidades expressadas pelas autoridades iraquianas e de acordo com o direito internacional e a segurança das populações civis”.
Os vinte países convocados para a conferência ressaltaram sua determinação para aplicar as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, principalmente a 2170, e se mostraram dispostos a adotar “as medidas necessárias para que produza todos seus efeitos”.
“É necessária uma ação determinada para erradicar o EI, especialmente com medidas para prevenir a radicalização, coordenando a ação de todos os serviços de segurança e reforçando a vigilância das fronteiras”, afirmou o texto final.
As conclusões não detalham o papel que cada país desempenhará, mas deixa claro a “plena mobilização” contra a organização, que não é “um Estado nem representativa do islã, mas um movimento de perigo extremo”.
No encontro, que reuniu representantes da Liga Árabe, da ONU e da União Europeia, destacou-se a formação de um novo governo de união nacional no Iraque. Além disso, o apoio à unidade, integridade territorial e soberania desse país foi reiterado.
Para os participantes, o EI representa uma ameaça “para o Iraque mas também para o conjunto da comunidade internacional”, e a resposta global deve contemplar também ajuda humanitária para a reconstrução do país.
“A conferência foi útil porque vai permitir avançar no apoio necessário para a paz e a luta contra o EI”, disse o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius.
“Quando se enfrenta um movimento deste tipo não há outra postura que não se defender”, sustentou.
O chanceler iraquiano, Ibrahim al-Jaafari, afirmou que “esta batalha feroz” requer a união de todos os esforços.
O ministro agradeceu que tenha sido demonstrado que o país “não está sozinho” neste luta e a mensagem de que “nenhuma nação vai ser abandonada se for alvo de um ataque terrorista”. EF
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