Passageiros da zona leste de SP enfrentam dificuldades para chegar ao trabalho
Usuários do metrô que moram na zona lesta da capital paulista, uma das mais populosas da cidade, enfrentam dificuldades para ir ao trabalho na manhã de hoje (6). Com a greve dos metroviários iniciada ontem (5), a Linha 3 Vermelha, que atende a região, está a operando apenas entre as estações Bresser e Santa Cecília, o que representa menos de um terço do trajeto total.
No início da manhã, a Estação Corinthians-Itaquera, que também atende à Linha 11Coral da Companhia Paulsita de Trens Metropolitanos (CPTM), que não está em greve, amanheceu fechada por questão de segurança. Segundo a CPTM, as plataformas daquela estação não comportam a demanda de usuários da companhia e do Metrô ao mesmo tempo. Por volta das 7h30, porém, as catracas foram liberadas e os passageiros puderam utilizar os trens da companhia.
Ontem, o fechamento dessa estação na zona leste provocou confusão. Usuários ficaram revoltados, derrubaram e quebraram grades para entrar na área de embarque. A Polícia Militar precisou ser chamada. A CPTM informou que a SPTrans deve alterar hoje o itinerário dos ônibus com destino à Corinthians-Itaquera, de forma a redistribuir os coletivos nas demais estações para equalizar o fluxo de usuários.
A estagiária Viviane Dias, de 25 anos, contou que não foi trabalhar ontem justamente por medo da confusão ocorrida. “Minha chefe pediu para eu ficar em casa para não correr risco. Como hoje está um pouco mais tranquilo, ela pediu para eu entrar às 10h”. Viviane trabalha na região do Morumbi, zona sul, e entra às 8h. Normalmente, ela demora 2 horas para chegar no trabalho.
O professor de educação física Ítalo de Oliveira, 32 anos, estava entre os passageiros que optaram por utilizar o ônibus. “Eu já vim preparado, vou calmo. Sei que vai ser complicado, mas tem que ir”, disse. Ele trabalha na Avenida Paulista e, normalmente, pega quatro ônibus para ir ao trabalho.
A situação nos pontos de ônibus próximos às estações da Linha Vermelha nesta manhã era de lotação. “Todos estão saindo lotados. Tem até um fiscal ajudando a fechar a porta, senão o ônibus não anda”, contou Ítalo.
Elisangela Vaz, 30 anos, auxiliar de escritório, disse que ontem desistiu de ir trabalhar por conta do tumulto na estação em Itaquera. “A gente liga para o patrão e ele acha que a gente não quer ir trabalhar. Ontem estava muita muvuca e eu tive que voltar”, desabafou.
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