Pentágono e países condenam teste nuclear e o chamam de “grave provocação”

  • Por Estadão Conteúdo
  • 09/09/2016 09h24
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EFE EFE Pentágono

O Pentágono e outros países chamaram o teste nuclear realizado pela Coreia do Norte de “mais um flagrante de violação” das resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), bem como uma “grave provocação”.

O secretário de imprensa do Pentágono, Peter Cook, que viaja, nesta sexta-feira, 9, para a Noruega, juntamente com o secretário de Defesa, Ash Carter, disse que Carter permanecerá em contato com os aliados sul-coreanos, bem como amigos e aliados da região para chegarem a um acordo de medidas a serem tomadas.

A Coreia do Norte confirmou, na madrugada desta sexta, a realização de mais um teste nuclear. O lançamento do míssil nuclear ocorre oito meses após o último teste ordenado por Pyongyang e é o quinto registrado até o momento. A explosão foi a mais forte até então.

A vizinha Coreia do Sul, que identificou o teste nuclear a partir de um tremor de terra de 5,3 graus, classificou a explosão como um ato de “fanatismo despreocupado.

O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, também disse que o quinto teste nuclear da Coreia do Norte, se confirmado, é uma violação clara das numerosas resoluções da Conselho de Segurança da ONU e um total desrespeito das repetidas demandas da comunidade internacional.

Amano disse, em um comunicado, que o teste é “profundamente preocupante e um ato lamentável”. A organização do Tratado Compreensivo de Proibição de Testes Nucleares também disse que o teste, se confirmado, “constitui uma violação da norma universalmente aceita e que tem sido respeitada pelos 183 países desde 1996”.

O secretário-executivo da agência, Lassina Zerbo, disse que o teste desta sexta-feira parece ter sido um pouco maior do que o registrado em 06 de janeiro.

Na Ásia, o chefe de gabinete do Japão, Yoshihide Suga, chamou a Coreia do Norte de “fora da lei” e afirmou que o Japão irá considerar intensificar as suas próprias sanções, junto com as imposições da ONU. Atualmente, o Japão proíbe entrada de cidadãos norte-coreanos e a reentrada de idosos membros da associação de norte-coreanos residentes permanentes no Japão. Eles também proíbem a entrada de todos os navios norte-coreanos.

Outro país importante que condenou o teste foi a China, uma condenação chave para Pyongyang, uma vez que a China é seu único grande aliado. O Ministério das Relações Exteriores emitiu um comunicado criticando a Coreia do Norte pela realização de um teste com “desrespeito” às objeções internacionais e que a China “se opõe resolutamente”. No final, o ministério exortou a Coreia do Norte para evitar qualquer comportamento que “piore a situação”. O comunicado, porém, não indicou se a China vai tomar qualquer ação imediata ou apoiar novas sanções.

Na Europa, a França condenou veementemente o teste nuclear e pediu para que o Conselho de Segurança da ONU enfrente rapidamente o problema. A Presidência francesa pediu para que a comunidade internacional se una contra esta nova provocação.

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