Polícia fecha parte do centro de Sydney devido a incidente com reféns
(Atualiza com dados de reféns e comunicado de Abbott)
A Polícia da Austrália fechou nesta segunda-feira (data local) parte do centro de Sydney depois da aparente ocupação de uma lanchonete na área de Martin Place e a tomada de 13 reféns, informou a imprensa local.
Dois supostos reféns, ambos mulheres, seguram contra a vidraça da lanchonete uma bandeira negra com um texto em árabe no qual se lê “Não há outro Deus que Alá e Maomé é o mensageiro de Deus”.
A emissora “ABC” afirma que não é um emblema do Estado Islâmico (EI), mas uma shahada ou declaração de fé islâmica.
Na parte de fora da lanchonete Lindt se pode ver que uma das mulheres tem os olhos vendados e por trás um homem usa um lenço ou algo parecido na cabeça.
Segundo o “Canal 9” da televisão australiana, se trata de um homem armado com supostos vínculos com uma organização terrorista e tem pelo menos 13 reféns dentro do café, mas a Polícia não confirmou até o momento estes dados.
Ao redor da área há mais de 20 homens de unidades especiais e cerca de 50 agentes e detetives à paisana e com coletes à prova de balas.
Quase todos os meios de comunicação australianos transmitem ao vivo do local, no setor comercial de Martin Place, onde fica o Banco da Reserva, o centro de notícias do “Canal 7” e perto do Parlamento estadual de Nova Gales do Sul.
A área de Martin Place e a Opera House de Sydney foram evacuadas, enquanto os ônibus que transitam pela região foram desviados, segundo a “ABC”.
O Governo convocou uma reunião da Comissão Nacional de Segurança, e o primeiro-ministro do país, Tony Abbott, descreveu a situação como um “incidente muito preocupante”.
Abbott garantiu que as forças de segurança agirão de maneira “profissional”.
O fato coincide com a detenção, em uma operação em separado, de um homem de 25 anos no noroeste de Sydney por supostos delitos por terrorismo.
A detenção está ligada a um plano para realizar um ataque terrorista em solo australiano e a facilitação do deslocamento de cidadãos australianos para a Síria, segundo a imprensa local.
Em setembro, as autoridades australianas elevaram o alerta terrorista para “alto”, devido à possibilidade de possíveis ataques terroristas a cargo de uma só pessoa, pequenos grupos ou grandes organizações. EFE
wat/ma
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