AGU recorre de decisão que determinou a realização do Censo 2021

Julgamento da decisão do ministro Marco Aurélio começará nesta sexta-feira, 7; defesa do governo pede que o Supremo reconsidere a determinação e sugere que o levantamento seja adiado para 2022

  • Por Jovem Pan
  • 07/05/2021 00h12 - Atualizado em 07/05/2021 00h15
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Valter Campanato/Agência Brasil Estátua da Justiça em frente ao Supremo Tribunal Federal STF começará a discutir decisão nesta sexta-feira, 7

A Advocacia-Geral de União (AGU) recorreu de uma liminar do ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF) que ordenou a realização do Censo 2021. O julgamento no plenário da Corte deverá começar nesta sexta-feira, 7. A defesa do governo pede que o Supremo reconsidere a decisão sobre a realização do censo este ano, sugerindo que o levantamento seja adiado para 2022, “devendo o Poder Executivo tomar as medidas administrativas e orçamentárias pertinentes para a destinação de recursos necessários ao IBGE”. A AGU alega que, além das dificuldades em alterar o orçamento desse ano, a retomada do censo atrasaria o calendário de medidas tomadas antes da pesquisa pelo IBGE. Segundo o próprio instituto, os atrasos não permitiriam a realização da pesquisa na data original: 1º de agosto.

Originalmente, o Censo Demográfico, que é feito a cada dez anos, deveria ter sido realizado em 2020, mas foi adiado por conta da pandemia de Covid-19. Neste período, o relator do Orçamento 2021, senador Marcio Bittar (MDB-AC) retirou cerca de R$ 2 bilhões que estavam previstos para a realização da pesquisa, distribuindo a verba para emendas parlamentares e tornando inviável a realização do levantamento, que serve como base para a idealização de políticas públicas. A ideia era realizar o Censo 2021 entre agosto e outubro. Cerca de 200 mil trabalhadores temporários foram contratados, com 71 milhões de lares previstos para serem visitados pelos recenseadores.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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