Bolsonaro diz a ministros que vai indicar André Mendonça ao STF

Escolha do atual advogado-geral da União cumpre promessa feita à base eleitoral de nomear alguém ‘terrivelmente evangélico’ para a Corte

  • Por André Siqueira
  • 06/07/2021 14h39 - Atualizado em 06/07/2021 16h18
Anderson Riedel/PR Homem de terno gravata e oculos falando em microfone André Mendonça foi nomeado ministro da Justiça e Segurança Pública após pedido de demissão de Sérgio Moro, em abril

Em reunião no Palácio da Alvorada, na manhã desta terça-feira, 6, o presidente Jair Bolsonaro disse a ministros que irá indicar o advogado-geral da União, André Mendonça, para o Supremo Tribunal Federal (STF) na vaga do ministro Marco Aurélio Mello, que se aposenta no dia 12 de julho. A informação foi inicialmente divulgada pelo jornal O Globo e confirmada à Jovem Pan por um integrante do governo que participou do encontro, que não estava na agenda oficial do chefe do Executivo federal. Apesar da sinalização, o nome ainda precisa ser oficializado pelo Palácio do Planalto. Além disso, o indicado precisa ser sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Com a escolha de Mendonça, Bolsonaro cumpre a promessa feita à sua base eleitoral de indicar um “terrivelmente evangélico” para o STF – o advogado-geral da União é pastor da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília. Na noite desta segunda-feira, 5, em conversa com apoiadores, o presidente da República falou sobre a indicação para a mais alta Corte do Judiciário brasileiro. “Vou indicar um evangélico agora”, afirmou. Em outubro do ano passado, Bolsonaro indicou o então desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) Kassio Nunes Marques para a cadeira do ministro Celso de Mello. Quem for eleito em 2022 poderá indicar outros dois ministros ainda em 2023: Ricardo Lewandowski e Rosa Weber deixarão o Supremo, respectivamente, em maio e outubro do ano que vem.

 

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