Bolsonaro diz que espera ‘se casar ou desfazer o noivado’ com o PL em ‘pouquíssimas semanas’

Declaração foi dada pelo presidente em Dubai, durante o terceiro dia de sua viagem oficial ao Oriente Médio; partido havia anunciado a filiação na semana passada

  • Por Jovem Pan
  • 15/11/2021 14h19 - Atualizado em 15/11/2021 14h47
DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO Presidente da república, Jair Bolsonaro, durante cerimônia no Palácio do Planalto Presidente está sem partido desde que deixou o PSL em 2019 e procura uma nova legenda

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que espera “se casar ou desfazer o noivado” com o Partido Liberal (PL) em “pouquíssimas semanas”. A declaração foi feita pelo mandatário nesta segunda-feira, 15, em conversa com a imprensa em Dubai, nos Emirados Árabes, durante o terceiro dia de sua viagem oficial ao Oriente Médio. “Eu espero em pouquíssimas semanas, duas, três, no máximo, casar ou desfazer o noivado. Mas eu acho que tem tudo para a gente casar e ser feliz”, afirmou Bolsonaro. Na última semana, o PL anunciou que o presidente iria se filiar ao partido e marcou o ato de filiação para o dia 22 de novembro. Entretanto, durante uma conversa com a imprensa neste domingo, 14, Bolsonaro informou que tem pendências para resolver com Valdemar Costa Neto, presidente da legenda. “Não é a minha bandeira que vai ficar isolada no partido dele. Nós queremos um projeto de Brasil, e o discurso não é apenas o meu, é do presidente do partido também”, disse o presidente.

Momentos depois, o partido divulgou uma nota afirmando que a filiação havia sido suspensa. Segundo o texto assinado por Costa Neto, a decisão foi tomada em comum acordo “após intensa troca de mensagens durante a madrugada”. O anúncio ainda afirmou que não há nova data prevista para a filiação de Bolsonaro. A chegada de Bolsonaro ao PL foi comunicada aos dirigentes da sigla na segunda-feira, 8, após forte movimentação nos bastidores. Além da legenda de Costa Neto, havia a expectativa de que o presidente fosse para o Partido Progressista (PP). Após o anúncio, a cúpula da sigla trabalhou para viabilizar chapas e palanques para as eleições de 2022. O chefe do Executivo federal pediu autonomia para indicar aliados em locais considerados importantes, com foco em montar uma bancada robusta, sobretudo, no Senado, onde o governo tem acumulado derrotas. O plano, no entanto, esbarra nos projetos para São Paulo, onde a legenda do Centrão tem um acordo com o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que disputará o pleito para tentar suceder o governador João Doria (PSDB).

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