Bolsonaro ‘flerta com o autoritarismo’, diz Doria em reunião dos governadores

Gestores estaduais firmaram compromisso de propor uma reunião com o presidente da República, os chefes dos Três Poderes e os comandantes das Forças Armadas

  • Por André Siqueira
  • 23/08/2021 12h43 - Atualizado em 23/08/2021 19h07
DANIEL CARVALHO/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO - 28/05/2021 O governador de São Paulo, João Doria, protesta durante pronunciamento de Carla Zambelli "Neste momento a democracia brasileira está sob ameaça", acrescentou o governador de São Paulo

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), subiu o tom contra o presidente Jair Bolsonaro na reunião do Fórum dos Governadores que ocorreu nesta segunda-feira, 23. Em sua exposição, o tucano afirmou que o chefe do Executivo federal “flerta com o autoritarismo”. “O país sofre ameaças constantes à liberdade e à democracia. Basta observar as manifestações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro, que flerta com o autoritarismo. E muitos dos seus ministros endossam essa postura. Isso afronta a Constituição e as instituições democráticas”, disse Doria. “Neste momento a democracia brasileira está sob ameaça”, acrescentou. O encontro aconteceu no Palácio Buriti, sede do governo do Distrito Federal, e reuniu 25 gestores estaduais. Como a Jovem Pan mostrou, eles firmaram um compromisso político de propor uma reunião com Bolsonaro, os presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF), além dos três comandantes das Forças Armadas – a sugestão foi feita pelo governador do Pará, Hélder Barbalho.

Participaram da agenda os governadores do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB); do Piauí, Wellington Dias (PT); de Rondônia, Coronel Marcos Rocha (PSL); do Acre, Gladson Cameli (PP); de Alagoas, Renan Filho (MDB); do Amapá, Waldez Goés (PDT); da Bahia, Rui Costa (PT); do Ceará, Camilo Santana (PT); do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB); de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM); do Maranhão, Flávio Dino (PSB); do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM); do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB); de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); do Pará, Helder Barbalho (MDB); da Paraíba, João Azevedo (Cidadania); de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB); do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB); de Roraima, Antonio Denarium (PSL); de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL); de São Paulo, João Doria (PSDB); do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL); do Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD), além dos vice-governadores do Rio Grande do Norte, Antenor Roberto (PCdoB) e do Paraná, Darci Piana (PSD). Dos 27 governadores, somente dois não participaram: o do Tocantins, Mauro Carlesse (PSL) e o do Amazonas, Wilson Lima (PSC).

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