Carla Zambelli cumpre determinação da Justiça e entrega arma à Polícia Federal
Parlamentar solicitou a retirada do revólver em sua residência; Gilmar Mendes determinou que a deputada entregasse a pistola e suas munições dentro de 48 horas
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) cumpriu a determinação da Justiça e entregou sua arma para a Superintendência da Polícia Federal de São Paulo. No dia 20 de dezembro, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a parlamentar entregasse o revólver da marca Taurus Armas S.A., modelo G3C, calibre 9 mm, e as respectivas munições. No despacho, o ministro ordenou que a entrega deveria ser efetuada dentro de 48 horas. Em caso de descumprimento, foi expedido um mandado de busca e apreensão contra Zambelli para apreensão da pistola. De acordo com a assessoria da parlamentar, a deputada procedeu com a entrega voluntária mesmo, embora não tenha ocorrido a publicação oficial da decisão. Ainda segundo a assessoria, Zambelli pediu para que fossem buscar a arma em sua residência para evitar sua locomoção com o revólver, pois o porte estava suspenso. A assessoria da deputada informou ainda que a parlamentar está aguardando a apreciação do seu recurso, em posse dos seus advogados. Ela afirma que a posse de arma é essencial para sua proteção, “em decorrência de diversos ataques e ameaças que recebem constantemente”. A ordem de entrega do revólver partiu após a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedir a suspensão do porte de arma da parlamentar e sua apreensão. O motivo é por conta do episódio onde a parlamentar perseguiu um homem no Jardins, área nobre de São Paulo, com a arma apontada para ele, na véspera do segundo turnos das eleições. Para a PGR, há indícios de crime de porte ilegal de arma e por isso vê as medidas cautelares como necessárias para “evitar a prática de infrações penais desse mesmo jaez, seja mediante a suspensão do direito ao porte de arma, a entrega voluntária, seja ainda pela via da busca e apreensão pessoal ou domiciliar do armamento utilizado para cometer o delito”. Na ocasião, a deputada se defendeu alegando ter sacado a arma “para dar continuidade a uma ordem de prisão em flagrante delito, em situação controlada”.
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