Ciro Gomes reage à contratação de Moro por consultoria ligada à Odebrecht: ‘Malandrão’

Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública foi anunciado como sócio-diretor da empresa Alvarez & Marsal, que atua para empreiteira investigada pela Lava Jato, operação da qual se tornou símbolo

  • Por Jovem Pan
  • 30/11/2020 16h05 - Atualizado em 30/11/2020 16h06
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Roberto Casimiro/Estadão Conteúdo ciro Ciro Gomes é um crítico ferrenho do ex-juiz federal

Ccandidato do PDT à Presidência da República em 2018, Ciro Gomes chamou o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, de “malandrão”, nesta segunda-feira, 30. O ex-juiz da Operação Lava Jato foi anunciado como o novo contratado da consultoria americana Alvarez & Marsal neste domingo, 29. Em comunicado, a empresa afirmou que Moro será o responsável por comandar a área de disputas e investigações a partir de dezembro. “Figura mais que conhecida nacional e internacionalmente, Moro agregará sua expertise jurídica e investigativa, somada a sua vivência na esfera governamental, aos projetos dos nossos clientes nesse importante momento de maturidade de governança das empresas não só no Brasil como no mundo”, diz o texto.

A Alvarez & Marsal atua como administradora judicial do processo de recuperação judicial do Grupo Odebrecht, empreiteira investigada pela Lava Jato, operação da qual Moro se tornou referência. “Malandrão! Sergio Moro agora é sócio-diretor da empresa que trabalha na defesa da Odebrecht, empreiteira investiga pela Lava Jato. Mais uma vez, Moro fica sob a luz difusa do abajur lilás com discursos de integridade e anticorrupção. O povo brasileiro está atento”, escreveu Ciro Gomes em seu perfil no Twitter.

Moro deixou o Ministério da Justiça e Segurança Pública em abril – ao anunciar sua saída, acusou o presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir no comando da Polícia Federal (PF). As declarações de Moro resultaram na abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que visa apura se houve, ou não, interferência do Executivo na corporação. Na última semana, Bolsonaro abriu mão de depor presencialmente no inquérito enquanto a Advogacia-Geral da União (AGU) pede que as apurações sejam arquivadas.

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